Efeito da acupuntura na mielossupressão e qualidade de vida em mulheres com câncer de mama durante a quimioterapia: estudo clínico randomizado

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Alliz, Carmen Sylvia Varella [UNIFESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
• Palavras-chave em Português: Neoplasia da mama; Acupuntura; Quimioterapia; qualidade de vida; Breast neoplasm; Acupuncture; Chemotherapy; Immunity; Quality of life
• Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67158

OBJETIVO: Esse estudo propôs-se a avaliar a ação da acupuntura na mielodepressão em mulheres com câncer de mama durante o tratamento com antracíclicos e a qualidade de vida, antes e depois da quimioterapia. MÉTODOS: A população deste estudo foi composta por mulheres recém diagnosticadas de câncer de mama do ambulatório de Mastologia da UNIFESP e com indicação de quimioterapia com antracíclicos. As pacientes foram aleatorizadas em dois grupos: o Grupo Acupuntura (GA) e Grupo Controle (GC). Todas as participantes, antes e ao final do tratamento com antracíclicos, responderam ao questionário de qualidade de vida (FACT-G) e tiveram acompanhamento dos níveis de leucócitos e neutrófilos no sangue periférico como indicador do nível de depressão medular. O GA sofreu intervenção com Acupuntura por até 10 sessões, iniciando antes da primeira infusão de quimioterápicos e prosseguindo ao longo do tratamento. Foram usados os pontos: GV14, CV6, ST36, SP6, KI3, GB39. RESULTADOS: O total de 26 mulheres foram aleatorizadas em 2 grupos: GA (10) e GC (16). Destas, 7 (26,9%) receberam indicação de dose densa de acordo com o protocolo do serviço e, portanto, receberam o fator estimulante de granulócitos (G-CSF) desde o primeiro ciclo. Assim para análise do efeito protetivo da acupuntura sobre a medula, foram excluídas 2 mulheres do GA e 5 do GC. A análise da Qualidade de Vida (QV) foi realizada para a amostra total e também nos subgrupos que receberam G-CSF. A necessidade de profilaxia secundária com G-CSF ocorreu em 72,7% (08/11) no grupo controle e em 12% (01/08) no grupo acupuntura (p-valor=0,009). Em relação à qualidade de vida (QV), o FACT-G inicial e final mostrou diferença entre os grupos, onde a média do GA ao final subiu de 80,68 para 90,12 (p-valor = 0,004) e no GC a média caiu de 81,95 para 70,59 (p-valor=0,003). Na análise de subgrupos que utilizaram G-CSF, a QV das mulheres do GA apresentaram melhor QV (p-valor=0,036). CONCLUSÃO: Com base nos resultados apresentados a acupuntura mostrou eficiência na profilaxia da mielossupressão induzida pela quimioterapia com antracíclicos e aumentou a qualidade de vida das mulheres durante o tratamento, inclusive das que necessitaram de G-CSF.