A trajetória da mulher no paradesporto brasileiro
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00233 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13489 |
Resumo: | Ao longo da história, a inclusão da mulher nos esportes se deu de forma lenta, gradativa e “por vezes traumática”, marcada por lutas e preconceitos, o que se mostrou ainda mais grave no tocante à mulher esportista com deficiência (SIMÕES, p. 17, 2004; CIDADE, 2004; OLIVEIRA, 2008). Diante disso, o objetivo desta pesquisa foi analisar a trajetória da mulher brasileira com deficiência nos esportes de competição, tomando-se como fio condutor a história esportiva dessas mulheres e a forma como se percebem vistas pela sociedade, a fim de compreendermos sua visão de mundo e, assim, podermos dar visibilidade à sua importância no cenário esportivo. Metodologicamente, a pesquisa foi desenvolvida utilizando a História de Vida, baseada nas ideias de Bertaux (2005) e a Análise de Discurso Francesa, filiada aos pensamentos de Pêcheux (2015) e Orlandi (2015; 2017), com corpus de análise abrangendo imagens, fotografias, gráficos, quadros, organogramas e entrevista semiestruturada aplicada em 14 mulheres paratletas brasileiras com deficiência física ou visual, praticantes das modalidades paralímpicas de Atletismo, Halterofilismo e Natação ou da modalidade não-oficial de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas, com participação em, pelo menos, um campeonato internacional em sua modalidade nos últimos dez anos. Como resultado da pesquisa, identificamos que os sentimentos negativos sobrepujaram os positivos nos discursos dos sujeitos, uma vez que ainda não perceberam sua posição-sujeito atual e nem deram conta de seu lugar social. Apesar disso, buscaram forças para lutar por seus direitos e desejos, tornaram-se protagonistas de suas histórias, transformaram o espaço ao seu redor e se transformaram. Essas mulheres significaram a si mesmas para além do discurso da falta e da desvalorização, legitimando-se perante a sociedade, mesmo diante da falta de uma política nacional esportiva inclusiva, capaz de incentivar, promover e fortalecer a mulher no esporte, como também de proporcionar o reconhecimento e a visibilidade almejados. |