Evolução do peso corporal de mulheres assistidas pela Estratégia de Saúde da Família: estudo longitudinal com cinco anos de seguimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Duque, Kristiane de Castro Dias lattes
Orientador(a): Teixeira, Maria Teresa Bustamante lattes
Banca de defesa: Mendes, Ana Paula Carlos Cândido lattes, Pereira Netto, Michele lattes, Ayres, Andréia Rodrigues Gonçalves lattes, Mendes, Larissa Loures lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11393
Resumo: INTRODUÇÃO: O excesso de peso da população é uma preocupação mundial crescente, principalmente em relação ao aumento do peso, como inúmeras consequências para a saúde e qualidade de vida. Sabe-se que excesso de peso tem causas multifatoriais, e neste sentido as mulheres são um recorte especial da população pelas suas peculiaridades fisiológicas, reprodutivas, entre outras. OBJETIVOS: Identificar a mudança do estado nutricional e a variação média do IMC ocorridas em intervalo de cinco anos em mulheres assistidas pela Estratégia de Saúde da Família e fatores associados. METODOLOGIA: Estudo observacional de seguimento, realizado com uma coorte de 470 mulheres de 20 a 59 anos em uma comunidade de um município de médio porte em Minas Gerais. Os dados foram coletados por profissionais capacitados, por meio de um questionário e da aferição das medidas de peso e altura, em duas ondas. Os fatores associados à mudança de estado nutricional foram obtidos através de Regressão Logística Multinomial e à variação média de IMC pela Regressão Linear, ambas respeitando um modelo conceitual hierarquizado. RESULTADOS: Na primeira onda do estudo a média de idade foi de 38,7 anos (±10,6) e a média do peso corporal aferido foi 70,7kg (±16,4), na segunda onda foi de 42,9 anos (±10,7) e 73,5kg (±17,1). A variável desfecho, mudança de estado nutricional, mostrou que 75,9% das mulheres mantiveram a mesma classificação nas duas ondas, 19,6% aumentaram e 4,5% diminuíram. As maiores chances de aumento da classificação de IMC associaram-se a menarca precoce (RC=1,78 IC 1,04 – 3,04) e ao baixo consumo de feijão (RC=2,01 IC 1,14 – 3,55), enquanto que, não saber informar o peso atual (RC=0,39 IC 0,17 – 0,91) e receber poucas visitas do ACS (RC=0,32 IC 0,14 – 0,70) apresentaram menores chances. A diminuição da classificação de IMC esteve associada ao fato da mulher não exercer atividade remunerada (RC=2,68 IC 1,08 – 6,63). Em média as mulheres aumentaram 1,1 (±2,9) kg/m2 de IMC no intervalo, a menarca precoce e a participação em grupos na comunidade mostraram-se associados ao ganho médio de IMC e o aumento da idade impactou em um menor ganho. CONCLUSÃO: As mulheres da amostra aumentaram o peso corporal no intervalo de cinco anos e os resultados confirmam a multicausalidade dos fatores associados.