Efeito do treinamento resistido com diferentes cargas e posicionamentos de segmentos corporais na força, hipertrofia, potência e resistência muscular e sinal eletromiográfico em homens treinados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lacio, Marcio Luis de lattes
Orientador(a): Vianna, Jeferson Macedo lattes
Banca de defesa: Novaes, Jefferson da Silva lattes, Damasceno, Vinícius de Oliveira lattes, Leitão, Luis Filipe Moutinho lattes, Mazini Filho, Mauro Lúcio lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00015
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12658
Resumo: Para que um programa de treinamento resistido (TR) promova as adaptações desejadas é necessária uma complexa interação das diferentes variáveis de manipulação do treinamento. A correta manipulação das variáveis podem contribuir para aumentar as chances de um programa de treinamento surtir os efeitos desejados. Sendo assim, é importante compreender a influência destas variáveis sobre as adaptações no sistema muscular. Considerando que existe uma necessidade de se conhecer os efeitos das variáveis de treinamento, o objetivo geral deste estudo foi analisar efeito do TR com diferentes cargas e posicionamentos de segmentos corporais na força, potência, hipertrofia muscular e resistência muscular e no sinal eletromiográfico em homens treinados. Para atender ao objetivo geral, foram estabelecidos objetivos específicos na realização de três estudos: 1) Efeitos do TR realizado com diferentes cargas na força e hipertrofia muscular: uma revisão sistemática; 2) Efeitos do TR periodizado com cargas altas e cargas baixas sobre a força, potência e resistência muscular e sinal eletromiográfico; 3) Ativação eletromiográfica do peitoral maior e tríceps braquial durante o dumbbell pullover realizado com carga alta em diferentes posições dos cotovelos. Os resultados encontrados no estudo 1, mostra que ganhos robustos na força muscular máxima foram mais pronunciados com cargas altas do que com cargas moderadas e baixas. No entanto, para hipertrofia muscular, os estudos indicam que um amplo espectro de carga levantada (ou seja, 30 a 90% de 1RM) pode ser usado para indivíduos não treinados ou treinados. No estudo 2, não foi encontrado efeito de interação entre os carga alta e carga baixa, ou seja, não foram observadas diferenças significativas quando comparados os dois grupos. Os dois tipos de treinamento, quando verificado o efeito medida, apresentaram aumento significativo após a intervenção. Independentemente do tipo de treinamento realizado, as variáveis 1RM de Supino Reto (p = 0,015), 1RM de Leg Press 45° (p = 0,008), 12 RM de Supino Reto (p = 0,010), potência no Supino Reto (p = 0,021), potência no Leg Press 45° (p = 0,009) e EMG do músculo vasto lateral no Leg Press 45° (p = 0,048) tiveram melhoras estatisticamente significativas. No estudo 3, os resultados mostram que em ambas as posições dos cotovelos executado com alta carga (estendido e fletido), a ativação eletromiográfica do tríceps braquial foi maior que a do peitoral maior (porção clavicular) (p < 0.05). Porém, em relação ao peitoral maior (porção esternal), o tríceps braquial apresentou maior ativação com cotovelos fletidos (p = 0.002) e não com cotovelos estendidos (p = 0.283). Foi encontrado maior ativação no peitoral maior esternal em comparação ao clavicular realizado com os cotovelos estendidos (p = 0.039). Como conclusão, em relação aos três estudos apresentados, percebe-se que cargas acima de 30% 1RM são suficientes para o aumento da hipertrofia muscular. Todavia, para a força muscular, parece que cargas mais elevadas são necessárias. Além disso, mudanças nos segmentos corporais apresentam respostas diferentes no sinal eletromiográfico.