Aspectos hematológicos de Hydromedusa maximiliani (Mikan, 1820) (Testudines, Chelidae) na Reserva Biológica Municipal Santa Cândida, Juiz de Fora, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Hurtado, Erika Gabriela Latorre lattes
Orientador(a): Sousa, Bernadete Maria de lattes
Banca de defesa: Vieira, Fabiano Matos lattes, Aragão, Danielle Maria de Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6865
Resumo: Entre os quelônios, Hydromedusa maximiliani é endêmica de regiões montanhosas, com distribuição na região da Mata Atlântica ao longo de montanhas no sudeste e parte do nordeste do Brasil. O objetivo deste estudo foi analisar a hematologia de uma população H. maximilaini da Reserva Biológica Municipal de Santa Cândida (RBMSC), Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Foram capturados doze indivíduos (cinco machos, quatro fêmeas e três juvenis). Foram coletadas amostras de sangue e 10 esfregaços de sangue foram feitos para cada indivíduo e o restante armazenado em tubos de coleta com heparina para serem analisados no laboratório. Os esfregaços de sangue foram analisados no microscópio e as células do sangue foram medidas e foi feita a contagem diferencial de leucócitos. O hemograma foi feito manualmente para determinar: hematócrito, hemoglobina, eritrócitos totais, leucócitos totais e contagem diferencial, trombócitos e foram calculados os índices hematimétricos. Dentro da bioquímica sanguínea foram calculados: ureia, fosfatase alcalina, alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase e ácido úrico. Os resultados foram relatados usando estatística descritiva e para comparar os resultados entre indivíduos de diferentes sexo e idade, foi utilizado o teste t. Os eritrócitos desta espécie são grandes e elipsoidais como outras espécies de quelônios de água doce. Houve uma diferença significativa no tamanho dos eritrócitos entre machos, fêmeas e juvenis. Os machos mostraram um eritrócito e núcleo maiores possivelmente relacionados ao seu maior peso e tamanho em relação às fêmeas adultas e aos juvenis, nesta espécie. Também foram identificados cinco tipos de leucócitos (heterófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos). Os leucócitos menores e mais comuns foram linfócitos e os maiores foram heterófilos e eosinófilos. Dentro do hemograma o hematócrito, a hemoglobina e os eritrócitos apresentaram níveis altos em juvenis e o hematócrito apresentou menor nível em fêmeas. Os machos apresentaram um maior número de linfócitos e menor de leucócitos, acontecendo o inverso com os juvenis. Quanto à bioquímica sanguínea, os juvenis apresentaram níveis maiores de fosfatase alcalina e aspartato aminotransferase devido a uma maior atividade osteoblástica e muscular. Finalmente, as fêmeas e os juvenis apresentaram um maior índice de estresse crônico devido a um maior número de heterofilo comparado com o número de linfócitos.