Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Canestrini, 1888) e Dermacentor (Anocentor) nitens Neumann, 1897: diversidade genética e potencial de transmissão de patógenos em diferentes biomas do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sato, Tayra Pereira lattes
Orientador(a): Gazêta, Gilberto Salles lattes
Banca de defesa: McIntosh, Douglas lattes, Oliveira, Stefan Vilges de, Sant’Anna, Aline Cristina, Pinheiro, Ralph Maturano
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15474
Resumo: Os carrapatos são artrópodes hematófagos de importância médico-veterinária, pois apresentam capacidade de transmitir grande diversidade de agentes patogênicos para animais vertebrados, incluindo o homem. Cada membro do sistema hospedeiro-vetor-patógeno é afetado pelos outros, este efeito combinado pode influenciar a variação genética em carrapatos e estas diferenças genéticas entre as populações de carrapatos podem ter implicações importantes no que diz respeito à capacidade de transmitir patógenos aos hospedeiros. Como os principais ectoparasitas que acometem a produção bovina e equina no Brasil são, respectivamente, Rhipicephalus microplus e Dermacentor nitens, e também como pouco se sabe sobre a participação destes carrapatos nos ciclos enzoótico e epidêmico dos bioagentes por eles veiculados, estas espécies são o foco principal desta tese. Foram analisadas a diversidade genética em populações destas espécies de carrapatos e a infecção por patógenos, em espécimes coletados entre 2011 a 2019, em hospedeiros vertebrados e livres no ambiente, de áreas de investigação de focos, vigilância ambiental e em focos silenciosos da Febre Maculosa (FM), de diferentes biomas do Brasil. Foi observada baixa diversidade genética e ausência de estruturação populacional definida para R. microplus e D. nitens. Espécimes do carrapato-da-orelha-do-cavalo foram obtidos naturalmente infectados com Candidatus Rickettsia andeanae, Rickettsia rhipicephali, Rickettsia felis e Babesia caballi. Já os espécimes do carrapato-do-boi foram obtidos naturalmente infectados com Rickettsia rickettsii, Rickettsia parkeri, R. felis, Rickettsia tamurae, R. rhipicephali, Rickettsia bellii, Ehrlichia minasensis, Ehrlichia canis e Theileria equi, indicando sua potencial atuação na transmissão de erliquia e theileria para animais no país e sugerindo R. microplus como marcador da presença ou circulação de riquétsias. Os resultados obtidos e a diversidade de espécies de riquétsias em carrapatos de animais próximos ao homem contribuem para o entendimento do ciclo enzoótico em áreas de foco de FM no Brasil.