A Condessa de Monte Cristo: a representação da identidade da mulher presa na telenovela Insensato Coração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gonçalves, William Cézar lattes
Orientador(a): Faria, Maria Cristina Brandão de lattes
Banca de defesa: Sacramento, Igor Pinto lattes, Thome, Claudia de Albuquerque lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/197
Resumo: Nosso trabalho parte de um apanhado histórico sobre o processo de implantação e formação da televisão e da telenovela no Brasil. Posteriormente, discorremos sobre a importância da mídia televisiva e do gênero ficcional na formação das identidades, tanto coletiva como individualmente. A partir desta conceituação, discutimos o processo de constituição das identidades na modernidade, tendo por base os estudos de autores filiados aos Estudos Culturais, Interacionismo Simbólico e à Psicologia Social. Este debate é afunilado quando abordamos a prisão como uma instituição que reformula as identidades dos indivíduos que nela se inserem. Consequente a esta discussão, tecemos considerações sobre a estrutura da telenovela “Insensato Coração” e as características do seu autor, Gilberto Braga, que implanta em suas histórias a crítica social. Tendo este panorama, apresentamos a metodologia utilizada, a Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. Explicitamos os objetivos, hipóteses e categorias que balizam nossa análise, que pauta-se na trajetória de personagem Norma Pimentel (Glória Pires), uma mulher que é enganada e presa injustamente. Ainda dentro do cárcere, ela trama uma vingança nos moldes do romance francês “O Conde de Monte Cristo”, de Alexandre Dumas, colocando-a em prática no momento em que deixa a prisão. Neste percurso ficcional, Norma descortina diversas mazelas encontradas no claustro, revela o estigma que é anexado ao indivíduo preso e como sua identidade é modificada.