Contribuições das alterações institucionais na carreira do magistério superior no perfil docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa, Rodolfo Machado lattes
Orientador(a): Schiavon, Laura de Carvalho lattes
Banca de defesa: Chein, Flávia lattes, Mendes, Vinícius de Araújo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00091
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14003
Resumo: No Brasil, um conjunto de medidas públicas foram adotadas que impactaram a carreira do docente de ensino superior federal. Mais especificamente, a lei nº 12.863 de 24 de setembro de 2013, que exigiu título de doutor nos concursos públicos do magistério superior federal e a lei nº 12.990, de 9 de junho de 2014 que definiu a reserva de 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos federais para negros. Essas leis foram promulgadas num contexto de reestruturação e expansão da rede federal de educação superior no Brasil, cujo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o REUNI, implementado em 2007, norteou as políticas de estruturação do ensino superior federal. Nesse contexto, essa dissertação tem por finalidade verificar se essas mudanças institucionais influenciaram a qualificação (mestre, doutor) e o perfil dos docentes no magistério superior federal, tais como, idade, sexo e raça num contexto nacional e regional. Para tanto, é empregado o método diferenças em diferenças, que permite o estudo das principais mudanças ocorridas nas universidades federais em resposta às mudanças institucionais do período, para o período entre 2010 e 2017. Os resultados sugerem que as políticas adotadas podem ter contribuído para a qualificação do corpo docente superior federal, face à maior participação de docentes doutores em detrimento de mestres. Além disso, podem ter colaborado para o rejuvenescimento do corpo docente, o aumento da proporção feminina e de professores atuantes na pós-graduação. Os resultados também indicam que as leis podem ter influenciado na menor participação de pretos e pardos no corpo docente superior federal, o que sinaliza a baixa eficácia da lei de cotas para aumento da participação desse grupo.