Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Felipe de Oliveira
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Orientador(a): |
Machado, Marco Antonio
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Banca de defesa: |
Guimarães, Simone Eliza Facioni
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Bizarro, Heloisa D'Avila da Silva
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9072
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Resumo: |
A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo contra lesões e invasões de micro-organismos. O sistema complemento desempenha um papel importante na mediação das respostas adquiridas e inatas na defesa contra infecções microbianas e parasitárias. Em bovinos, a resposta contra infestações por carrapato faz com que células da imunidade inata, residentes no tecido lesado, produzam citocinas pró-inflamatórias, sinalizando para o início de uma resposta mais específica, como a produção de proteínas de fase aguda (PFAs). Cerca de 80 a 90% dos componentes plasmáticos do complemento e proteínas de fase aguda são produzidas no fígado e liberadas sistemicamente para o controle de reações inflamatórias. Já existem metodologias bem estabelecidas de isolamento e cultivo de hepatócitos para estudos in vitro, bem como linhagens comerciais para humanos e murinos, no entanto para bovinos não existem metodologias de isolamento de hepatócitos bem estabelecidas, nem linhagens comerciais disponíveis para cultivo desse subtipo celular. O carrapato bovino, Rhipicephalus microplus, é um parasito que provoca perdas econômicas para a pecuária mundial. É sabido que raças bovinas diferem quanto à resistência ao carrapato, sendo as raças Bos indicus mais resistentes em comparação com as raças Bos taurus. Visto que existem diferenças na produção de moléculas do complemento e PFA entre bovinos resistentes e susceptíveis ao carrapato, este trabalho objetivou estabelecer uma metodologia de isolamento primário e cultivo in vitro de hepatócitos bovinos para verificar o efeito modulador induzido pela saliva do carrapato R. microplus sobre a expressão de genes relacionados à imunidade inata, tais como os fatores do complemento (C1, C3, C4, C5, lectina ligante de manose) e proteínas de fase aguda (Alpha 1 glicoproteína ácida, haptoglobina e amiloide sérica A). Para tal, foram avaliados diversos protocolos de isolamento e cultivo primário de hepatócitos, onde foi estabelecida a metodologia com maior viabilidade celular, qualidade morfológica e do material genético extraído. As análises de expressão gênica sugeriram que o modelo de cultivo in vitro pode não estar mantendo as características fisiológicas dos hepatócitos, visto que a expressão de alguns genes estava mais baixa nas células cultivadas quando comparada ao tecido hepático fresco. Embora os estímulos utilizados como controle positivo tenham regulado positivamente a expressão do gene que codifica a SAA, o mesmo não foi observado nos genes do complemento que são regulados pela mesma via de sinalização em murinos. Além disso, não foi observada diferença significativa entre as raças na expressão dos genes avaliados frente aos estímulos de saliva de carrapato e agente modulador de receptor nuclear relacionado com o controle hepático de inflamação em murinos. Os resultados obtidos sugerem que o isolamento primário e cultivo in vitro de hepatócitos bovinos podem estar provocando perda de função destas células, sendo necessárias maiores investigações em busca de melhor compreensão acerca dos processos fisiológicos desempenhados pelos hepatócitos. |