Como uma mulher: a construção do feminino nas campanhas das candidatas à presidência em 2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marques, Gabrielle dos Santos lattes
Orientador(a): Chaloub, Jorge Gomes de Souza lattes
Banca de defesa: Rocha, Marta Mendes da lattes, Sarmento, Rayza
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12544
Resumo: Apesar de só uma mulher ter ocupado o cargo mais elevado do executivo nacional, desde o primeiro pleito pós redemocratização, Lívia Maria Pio (PTN) já concorria à presidência da república, em seu curto horário de propaganda na televisão, falava diretamente com o público feminino “mulheres somos a maioria, venham comigo governar o Brasil”. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é compreender a ideia de feminino mobilizada enquanto estratégia de campanha eleitoral nas propagandas do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE) das candidatas à presidência do ano de 2014, Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Luciana Genro (PSOL), dado a maior predominância de mulheres na disputa. A hipótese levantada é de que a entrada das mulheres no jogo político tende a ser feita em bases que reificam uma noção de feminilidade que é naturalmente ligada à maternidade e ao cuidado. Dessa forma, a pesquisa estabelece um diálogo com os estudos sobre comunicação e política, no que tange a análise sobre estratégias de campanhas eleitorais, a partir da categoria gênero, e também, com a teoria política feminista e as teorias democráticas, sobretudo à luz da influência da mídia nos processos políticas e a virada construtivista da representação. Enquanto Dilma apresenta uma noção de feminilidade muito ligada à maternidade e à uma sensibilidade diferenciada, Marina não marca o gênero de maneira central, enquanto Luciana parece utilizar dessa comunicação enquanto estratégia de comunicação.