Qual o melhor momento para a abertura de capital? analisando o timing dos IPOs das empresas brasileiras de energia a partir da teoria de opções reais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Soares, Taiany Abreu lattes
Orientador(a): Perobelli, Fernanda Finotti Cordeiro lattes
Banca de defesa: Bastian Pinto, Carlos de Lamare lattes, Simão Filho, José lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
IPO
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2446
Resumo: As principais razões para realizar uma abertura de capital são que as ofertas de ações são uma opção de financiamento mais barata para algumas empresas (dados seus atributos), a governança corporativa trazida pela estrutruta de propriedade pública minimiza os conflitos de agência, a transparência e a boa imagem da empresa (comportamento estratégico) aumentam o valor da empresa no mercado e a reestruturação societária pode gerar mais liquidez para a empresa. Entretanto, para algumas empresas de capital fechado, a questão não é se ela deve abrir ou não o capital, mas sim quando, ou seja, qual o momento mais apropriado (timing) para realizar o IPO. Nesse contexto, o presente trabalho teve por objetivo adaptar, para o caso brasileiro, o modelo de timing de IPO desenvolvido por Draho (2000), que utiliza a teoria das opções reais como metodologia para se determinar o timing ótimo da abertura de capitais. Para tanto, foram analisadas oito empresas do setor de energia (CPFL, EDP, Cosan, Brasil Ecodiesel, São Martinho, Açúcar Guarani, MPX e OGX) que, durante o período 2000-2009, realizaram a sua oferta pública primária. Como resultado, encontrou-se que todas as empresas estudadas anteciparam o timing da sua oferta e, assim, foi realizada uma análise sobre as características das ofertas públicas primárias das empresas com o objetivo de identificar potenciais determinantes de tal antecipação. Observou-se, como característica comum, a presença de capital de risco na estrutura de capital de todas as empresas e de muitos investidores otimistas (investidores externos à empresa, segundo o modelo de Bouis, 2003) interessados nos IPOs das empresas. Adicionalmente, tem-se que o período da amostra (anos de valorização da bolsa de valores brasileira, que antecederam a crise subprime deflagrada em 2008) pode ter também contribuído para tal resultado.