Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Britto, Monique Cristine de
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Orientador(a): |
Ferreira, Cássia de Castro Martins
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Banca de defesa: |
Pinto, Vicente Paulo dos Santos
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Collischonn, Erika
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1192
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Resumo: |
Frente à escalada da violência midiatizada em Juiz de Fora e seu aspecto multifacetado, contextualizamos, em diferentes níveis de análise, as complexidades intrínsecas à dinâmica dos atos violentos no urbano. Por meio dos referenciais bibliográficos, selecionamos como variáveis investigativas a criminalidade violenta e os homicídios, agregando dados provenientes do Ministério da Saúde, Polícia Militar e Polícia Civil. A integração desse banco de dados permitiu ampliar a linha cronológica das informações, contemplando 33 anos de análises e associar informações clínicas (provenientes dos atestados de óbitos) e criminais (resultantes dos registros policiais), municipais e urbanas. Por meio de análises diárias, mensais, sazonais, anuais e espaciais os resultados foram relacionados às possíveis variáveis investigativas que permitiram conjecturar e responder as questões identificadas na perspectiva das influências ambientais. Dentre as variáveis mais frequentemente associadas às dinâmicas sócio-ambientais, foram selecionadas às climatológicas como temperatura, precipitação, nebulosidade e pressão atmosférica e, dentre estas, uma maior propensão às variáveis térmicas, analisadas por meio dos registros de temperatura instantânea, temperatura máxima e temperatura mínima, disponibilizados pelo Laboratório de Climatologia e Análise Ambiental da UFJF. As abordagens integradas às dinâmicas sócio-espaciais contemplaram variáveis censitárias vinculadas à renda, educação, infraestrutura e demografia. Após a organização do banco de dados, as informações foram tabuladas, representadas graficamente e espacializadas, permitindo descrever seu comportamento, estabelecer comparações, similaridades e diferenças, fundamentais a descrição e compreensão dos fatores relacionados. Os resultados referentes aos crimes violentos apontaram para a negação das hipóteses dos períodos mais quentes e do efeito do carnaval, sinalizando para as áreas de expansão urbana, corredores comerciais, baixos rendimentos e altos percentuais de domicílios desocupados. Os dados de óbitos por homicídio ratificaram o crescimento das ocorrências na última década e a existência de correlações significativas com as variáveis climatológicas mensais, concentradas em sua maioria, nos períodos de maior calor. As análises dos homicídios criminalizados apresentaram distintos comportamentos, sinalizando para um aumento dos registros nos períodos que melhor exemplificam as atividades urbanas e recreativas. A espacialização dos dados apontou 29 regiões urbanas (35,8% das regiões urbanas) como as mais violentas. Ao descrever como os diferentes usos do espaço juiz-forano, no decorrer do tempo, configuraram diferentes (Geo) grafias da violência, contextualizamos a necessidade de analisar as questões de forma holística, considerando para tanto as características do meio, suas dinâmicas e heterogeneidades. |