Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, José Augusto Rento
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Orientador(a): |
Castañon, Gustavo Arja
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Banca de defesa: |
Kruger, Helmuth Ricardo
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Barbosa, Altemir José Gonçalves
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/845
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Resumo: |
O presente trabalho de psicologia teórica trata-se de um estudo crítico do conceito de virtude na Psicologia Positiva. Definida como movimento por alguns e como um novo campo por outros, a Psicologia Positiva reúne sob um mesmo “guarda-chuva” diversos estudos, passados e presentes, de várias áreas da Psicologia, como a Psicologia da Personalidade, a Psicologia Social, a Psicologia do Desenvolvimento e a Psicologia Moral. No presente trabalho, a mesma é compreendida como uma perspectiva e um movimento dentro da Psicologia, institucionalizada a partir do fim do século XX, tendo como principal promotor o ex-presidente da APA (American Psychological Association), Martin Seligman. A Psicologia Positiva declarou como interesse três pilares: o estudo das experiências subjetivas positivas, o estudo dos traços positivos e o estudo das instituições positivas. No que diz respeito ao estudo dos traços individuais positivos são encontradas duas grandes classificações: a das virtudes, forças do caráter e temas situacionais e, os talentos e pontos fortes. Nesse contexto, a preocupação da Psicologia Positiva volta-se para um tema antes restrito principalmente a Ética: o estudo do bom caráter. Esse trabalho voltar-se-á principalmente para o estudo crítico das virtudes e forças do caráter na teoria da Psicologia Positiva. Primeiramente foi realizada uma investigação do tratamento filosófico ao conceito de virtude, buscando delimitar as principais concepções sobre este. Identificaram-se quatro principais teses que não se excluem, mas encontram representantes particulares: a virtude como excelência, a virtude como hábito, a virtude como força e a virtude no sentimentalismo moral. Também foi apresentada uma proposta a luz do Personalismo de Dietrich Von Hildebrand, apresentando uma relação entre virtude e atitude. Em seguida realizou-se uma descrição do estudo das virtudes e forças do caráter na Psicologia Positiva. A análise crítica conclui quatro coisas: A primeira diz respeito a uma dificuldade na definição de virtude pela Psicologia Positiva. Tal fato pode ter sua origem na delimitação da pesquisa realizada pela mesma, preocupando-se com listas de virtudes ao invés de aprofundar mais criticamente nas diferentes concepções de virtudes. A segunda é que a definição de forças do caráter aproxima-se muito mais das definições filosóficas de virtude, principalmente da definição Aristotélica - tal fato fica claro quando são apresentados os critérios para definir se um traço positivo é uma força do caráter - enquanto a definição de virtude aproxima-se muito mais da concepção de valor. A terceira diz respeito a uma maior clarificação na relação das forças do caráter com as referidas virtudes no seio da teoria. Os estudos não deixam claro como determinadas forças se correlacionam com determinada virtude. A quarta seria a relação entre virtude, traço de personalidade e atitude, embora a Psicologia Positiva afirme que as forças do caráter são traços positivos, acredita-se que uma melhor concepção seria a dos mesmos como atitudes desde a perspectiva da Psicologia Social. Por fim, conclui-se também pontuando os méritos da Psicologia Positiva ao relembrar à Psicologia da importância do estudo do caráter e seu desenvolvimento desde uma perspectiva da Ética Clássica, estreitando a relação Psicologia e Filosofia. |