Betaína como recurso ergogênico na melhora da fadiga muscular em praticantes de exercício físico: uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fernandes, Larissa Torres lattes
Orientador(a): Brito, Ciro José lattes
Banca de defesa: Queiroz, Andréia Cristiane Carrenho lattes, Antoniêtto, Destter Álacks
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Ciências Aplicadas à Saúde
Departamento: ICV - Instituto de Ciências da Vida
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17803
Resumo: A Betaína é um derivado da colina encontrado em alguns alimentos e pode ser produzida pela oxidação da colina dietética no fígado e nos rins. Devido as suas propriedades ergogênicas tem sido amplamente utilizada em pesquisas sobre exercício físico. No entanto, existem lacunas no que diz respeito à suplementação com betaína e à melhoria da fadiga muscular. Esta revisão sistemática tem como objetivo investigar a influência da suplementação com betaína na fadiga muscular na prática de exercício. Para isso, foram adotadas as diretrizes PRISMA e o protocolo do estudo foi registrado no PROSPERO (CRD42023469111). As buscas foram realizadas usando palavras-chave específicas de acordo com a estratégia PICOS em 12 de março de 2024, nas bases de dados PubMed, Cochrane Library, Web of Science, Embase e SCOPUS. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados (ECRs) em adultos de ambos os sexos que utilizaram betaína como suplemento, comparado ao placebo, para melhorar a fadiga muscular na prática de exercício físico. Estudos com animais e estudos com uso concomitante de betaína e outros suplementos foram excluídos. A fadiga muscular foi avaliada usando o teste de uma repetição máxima (1-RM) e lactato sanguíneo na prática de exercícios de leg press ou agachamento e supino. O desfecho da fadiga muscular foi avaliado utilizando o teste de uma repetição máxima (1-RM). O risco de viés dos estudos incluídos foi avaliado utilizando a ferramenta RoB2 da Cochrane e a certeza da evidência foi avaliada usando o GRADE. Foram incluídos cinco ECRs, nos quais um total de 93 participantes foram avaliados; todos eram homens, com 57 indivíduos alocados ao grupo de intervenção com uma média de idade de 19,18±2,67 anos, e 58 indivíduos no grupo controle com uma média de idade de 19,66±2,44 anos. A betaína promoveu mais repetições até a fadiga muscular no leg press ou agachamento (n = 3) e no supino (n = 2), com reduções no lactato sérico em dois desses estudos. A betaína parece melhorar a fadiga muscular, proporcionando mais repetições na prática de exercícios de leg press e eliminando os níveis de lactato sanguíneo. No entanto, devido ao número reduzidos de estudos incluídos, os resultados apresentados devem ser tratados como descobertas preliminares.