Avaliação do nível de atividade física na vida diária de transplantados renais e de pacientes em hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carvalho, Erich Vidal lattes
Orientador(a): Pinheiro, Bruno do Valle lattes
Banca de defesa: Carvalho, Celso Ricardo Fernandes de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4599
Resumo: Introdução: O sedentarismo é um comportamento comum entre os pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise (HD), e está associado com desfechos clínicos negativos nesta população. Acredita-se que o transplante renal tenha potencial para alterar o estilo de vida destes pacientes tornando-os mais ativos. No entanto, o efeito do transplante sobre a atividade física não está completamente esclarecido. Os estudos sobre o tema na população de transplantados utilizaram questionários como instrumento de avaliação, não sendo identificado nenhum trabalho que aferiu objetivamente, através de acelerômetro, a atividade física nestes indivíduos. Objetivos: Avaliar objetivamente a atividade física na vida diária de pacientes transplantados renais comparando a com a de pacientes em HD e explorar a possível relação de variáveis clínicas com a atividade física. Métodos: Estudo de corte transversal que incluiu indivíduos transplantados renais há pelo menos seis meses (n=23; 48,3 ± 10,3 anos) e pacientes em HD há pelo menos seis meses (n=20; 47,3 ± 12,6 anos). O tempo gasto nas diferentes atividades ou posições (andando, de pé, sentado ou deitado) e o número de passos dados foram mensurados por um acelerômetro multiaxial durante 12 horas diurnas, em dois dias úteis consecutivos nos pacientes transplantados e em quatro dias consecutivos nos pacientes em HD. Resultados: Transplantados renais apresentaram maior tempo ativo por dia (soma dos tempos andando e em pé) que pacientes em HD (311 ± 87 vs. 196 ± 54 min/dia; p = 0,001), com maior tempo andando (106 ± 53 vs. 70 ± 27 min/dia; p = 0,008) e maior tempo em pé (205 ± 55 vs. 126 ± 42 min/dia; p < 0,001). Sessenta e cinco por cento dos transplantados foram classificados como ativos (>7.500 passos/dia) comparados com apenas 20% do grupo HD (p < 0,005). O tempo ativo se correlacionou positivamente com o tempo pós-transplante, com os níveis séricos de cálcio e hemoglobina. Conclusão: Transplantados renais são significativamente mais ativos na vida diária do que pacientes em hemodiálise e a atividade física aumenta com o tempo desde o transplante.