Prevenção de doenças na perspectiva do estado vacinal em agentes comunitários de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rocha, Rejane Silva lattes
Orientador(a): Greco, Rosangela Maria lattes
Banca de defesa: Zeitoune, Regina Célia Gollner lattes, Santos, Kelli Borges dos lattes, Souza, Maria Helena do Nascimento lattes, Coelho, Angélica da Conceição Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5797
Resumo: O objeto do estudo foi a situação vacinai dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que atuam nas Unidades de Atenção Primária a Saúde (UAPS) de um município da zona da mata mineira. As UAPS estão voltadas para atividades de promoção da saúde e controle de riscos. As equipes de trabalho das UAPS são multidisciplinares sendo compostas por profissionais de áreas diversas e, entre esses, há a presença do ACS, profissional responsável pelo cadastramento das famílias, mapeamento das áreas, identificação de riscos à saúde da comunidade, pela orientação da população para a promoção da saúde e por promover educação sanitária e ambiental, dentre outras atribuições. Desse modo, ele entra em contato com pessoas sadias e também com aquelas acometidas por alguma doença, se expondo a agentes patogênicos. Esta variedade de atribuições, as peculiaridades e complexidade de suas atividades justificam a realização de pesquisas que abordem esses profissionais. Este estudo teve como objetivo analisar a situação vacinai dos ACS das UAPS de um município da Zona da Mata Mineira. Trata-se de um estudo transversal e quantitativo contando com 400 participantes. A coleta de dados ocorreu em dois períodos, sendo o primeiro de julho a outubro de 2015 e o segundo, de outubro de 2016 a fevereiro de 2017. Os ACS dessa investigação foram predominantemente do sexo feminino (91,3%), média de idade de 46 anos, casados ou vivendo em união estável (57,5%), brancos (46,3%), referindo religião católica (58%) e, em sua maioria, possuindo Ensino Médio completo (75,4%). A análise da cobertura vacinai permitiu constatar que 205 (51,3%) ACS possuíam o esquema completo das vacinas exigidas para os trabalhadores da saúde, sendo que 351 (87,8%) estavam vacinados com a 3a dose de Hepatite B, 267 (66,8%) com um reforço da Tríplice Virai, 337 (84,3%) com um reforço da Dupla adulto, 342 (85,5%) contra Influenza, e 308 (77%) com 1 dose e 1 reforço de vacina contra Febre amarela. Na análise bivariada observou-se p-value significativo (<0,05) ao relacionar as variáveis Faixa Etária e Vacina Triplice Virai e Tempo de Trabalho com Hepatite B. A análise multivariada demonstrou que há maior probabilidade do ACS estar com a vacinação em dia se negro, católico ou evangélico, se possui o cartão de vacinação, se realizou o teste AntiHbs, se recebeu orientação em relação às vacinas que deve manter em dia enquanto trabalhador da área da saúde e se trabalha nas regiões Nordeste, Leste, Centro, Oeste ou Rural do município. O estudo permitiu constatar que os participantes, em sua maioria, se preocupavam com ações referentes à vacinação, porém encontravam dificuldades para manterem seus cartões atualizados havendo a necessidade de abordar a temática sobre as doenças que podem ser adquiridas no trabalho do ACS e que são passíveis de prevenção por meio da imunização.