Estratégia de saúde da família e vacinação completa em crianças até 1 ano em uma comunidade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Figueiredo, Luciana Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7822
Resumo: A Atenção Básica em Saúde (ABS) representa a porta de entrada do SUS no Brasil e o Programa Nacional de Imunização (PNI) é parte essencial e integrada da ABS, com grande impacto na saúde infantil. O indicador de atraso vacinal é importante para efetividade e a segurança das vacinas, pois o sucesso depende de altas taxas de Cobertura Vacinal associadas à adequação temporal de aplicação das doses. O objetivo deste estudo foi relacionar a qualidade da assistência pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) o cumprimento do calendário vacinal em crianças menores de 1 ano. Desenho transversal. A população do estudo foram 228 crianças menores de 1 ano de uma comunidade de baixa renda do município do Rio de Janeiro coberta pela ESF. Foram avaliadas as consultas de puericultura, as visitas domiciliares dos agentes comunitários de saúde e a caderneta de vacinação das crianças, por meio de prontuário eletrônico. Foram investigados fatores relacionados ao atraso/incompletude vacinal. Em relação às doses de 1 a 3 meses, o atraso foi menor que 10% para a maioria das vacinas, exceto a pneumocóccica 1a dose, que alcançou quase 20%. O percentual de não vacinados foi ainda menor, exceto para rotavirus 1a dose, que atingiu 10%. O melhor cumprimento foi para BCG e hepatite B. Em relação às vacinas com 4-6 meses, o atraso variou de 8,1-50,9% destacando-se a vacina pneumocócica 2a e 3ª doses, VOP, pentavalente 3a dose e meningocócica 2a dose. Em relação ao percentual de não vacinados, foi menor que 10%, exceto rotavirus 2a dose, com 20%. O melhor cumprimento vacinal foi da 2a dose da pentavalente e da VIP. No total, apenas 34% das crianças tiveram completude e aplicação em tempo oportuno. Na análise multivariada para qualquer atraso/incompletude, ser Beneficiário do “Bolsa Família” e baixa escolaridade materna aumentaram o risco (OR 2,01 e OR 1,96, respectivamente) porém sem significância estatística, enquanto que as visitas domiciliares seriam fator de proteção (OR 0,49) com significância estatística. Na análise das vacinas com maior incompletude e atraso (rotavirus 2a dose e pneumocócica 3a dose, respectivamente), ser mãe adolescente aumentou cerca de 2 vezes ou risco de não aplicação da rotavirus 2a dose, sem significância. As consultas na frequência adequada (OR 0,61) e presença de residente médico na equipe (OR 0,47) reduziriam o risco, porém sem significância estatística. Para estas mesmas vacinas (rotavirus 2ª dose e pneumocócica 3ª dose), as visitas domiciliares mostraram proteção (OR 0,36 e OR 0,41, respectivamente) com significância estatística. Portanto, faz-se necessário qualificar cada vez mais o papel dos agentes comunitários de saúde e ampliar sua atuação no território. Para aprofundamento, sugere-se a ampliação destes estudos em amostras de bases populacionais para melhor estimação do impacto da ESF na execução das políticas de saúde da criança