Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Daniel Albergaria
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Orientador(a): |
Poz Neto, João Dal
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Banca de defesa: |
Silva, Rubens Alves da
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Brites, Jurema Gorski
,
Daibert Júnior, Robert
,
Pissolato, Elizabeth de Paula
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5672
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Resumo: |
Estudados ora como exemplos de sincretismo, ora como subterfúgios no intuito de resistência, agrupamentos de negros em festejos de adoração a Nossa Senhora do Rosário e de Coroação de seus Reis Congos foram documentados em diferentes países para onde foram levados escravos africanos, como Brasil, Cuba e Antilhas. Nesses revelam-se formas semelhantes de um mesmo esquema festivo. Discute-se, por isto, se os agrupamentos teriam se formado no período da colonização em torno das origens étnicas afiliadas às tradições africanas ou se os grupos resultaram de situações próprias do regime escravista. A questão é examinada a partir do estudo das festas de Coroação de Reis Congos realizadas pelos grupos ou Ternos de Congado por ocasião dos festejos de adoração a santos católicos e não católicos em várias localidades de Minas Gerais. Chamados de Ternos, de Guardas e até mesmo de Nações, estes grupos utilizam instrumentos musicais, toques, cantigas e adereços específicos para se diferenciar e, ao mesmo tempo, reivindicar uma identidade específica. Visando o contraste e a comparação, são reunidas versões do mito de aparição de Nossa Senhora aos antigos negros escravos, narradas por ocasião dos Festejos do Congado, assim como versões rituais de diferentes regiões de Minas Gerais. Valendo-se das versões míticas e rituais dos Festejos do Congado, pretende-se refletir que a experiência da escravidão, do contato com os europeus, da assimilação do catolicismo, da elaboração de sociabilidades, enfim, da diáspora africana na América, apresenta contornos específicos quando se considera os sujeitos deste processo não apenas como sujeitados às eventuais vicissitudes coloniais e históricas. |