Turismo religioso e transformações socio-espaciais em Baependi – MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Kelmer, Magno Angelo lattes
Orientador(a): Maia, Carlos Eduardo Santos lattes
Banca de defesa: Carneiro, Leonardo Oliveira lattes, Costa, Carmem Lúcia lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5437
Resumo: O Município de Baependi, no sul do Estado de Minas Gerais, tradicionalmente conhecido por seus recursos hídricos e integrante do Circuito Turístico da Águas, conta atualmente com a presença da atividade turística do tipo religioso, na qual visitantes buscam conhecer os atrativos do local da vida e obra da beata Nhá Chica; mulher negra, simples, analfabeta, neta de escravos e que atraiu, em vida, centenas de pessoas ao seu encontro, tornando-se uma fonte de necessidades e desejos. Após sua morte, a beata passou a ser venerada e, em 2013, sua beatificação foi realizada, fato que faz parte de um processo de canonização que aumentou a divulgação sobre seus possíveis milagres. Com isso, um número crescente de visitantes quer conhecer mais sobre Nhá Chica, fazendo com que o município tenha um maior fluxo de visitação envolvendo a fé, caracterizando a prática do turismo religioso, o que tem contribuído na sua reprodução sócio-espacial. O município de Baependi consolida-se como um destino de turismo religioso e passa a ser denominado como “Terra de Nhá Chica”, fato que agrava as contradições pertinentes ao seu processo de reprodução espacial. A atividade turística, enquanto consumidora dos espaços onde atua, tem marcado sua presença na organização espacial do município, transformando-o para e pela sua atuação. Desta forma, ao conter a organização espacial, o processo de produção do espaço pauta-se na lógica do capital impondo-o uma racionalidade programada para a mercantilização e o consumo. Temos então, novas formas, resultantes das ações articuladas com a estrutura, valorizando a relação dialética valor de uso-valor de troca, fornecendo novo sentido para os espaços. Compreender o processo de produção espacial de Baependi, mediante a acentuação de determinadas contradições e estabelecendo novas, apresenta-se como o mote deste trabalho.