Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Balestieri, Camille Roberta
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Orientador(a): |
Silveira Junior, Potiguara Mendes da
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Banca de defesa: |
Ferrari, Anderson
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Santos, Sonia Beatriz dos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5891
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Resumo: |
A presente pesquisa se debruça sobre os estudos de gênero e a história dos feminismos no Brasil com o objetivo de propor vetores para a análise das feminilidades brasileiras, consideramos como vetores as marcas de identidade que, ao se interseccionarem, produzem uma complexificação da experiência do gênero (como a raça, a orientação sexual, a classe social, territorialidade, etc.). Acreditamos que a adoção da concepção do gênero como uma tecnologia (PRECIADO, 2002) somada às premissas dos feminismos pós-coloniais oferta a possibilidade de elaboração de um método analítico complexo de maneira que a leitura das feminilidades leve em consideração a situação colonial em sua totalidade. Ademais, consideramos que o projeto de corpo colonial perpassa fatores como a raça, classe, orientação sexual, territorialidade, etc., ou seja, possui caráter interseccional. Nesse percurso, exploramos como a teoria feminista ocidental exclui um contingente de mulheres cujas identidades diferem daquela proposta pelo colonialismo, percepção que abrange o feminismo brasileiro. A suposição da cumplicidade do feminismo ocidental com os ideais de dominação colonial nos motiva a revisitar a historiografia feminista brasileira de forma a reconhecer a existência de narrativas marginalizadas que concorrem com a história legitimada pela academia, além disso, desconstruímos as teorias sobre o gênero de viés construtivista que embasam essa perspectiva feminista apelando para a questão da materialidade dos corpos e denunciando que, ao reproduzir imperativos da filosofia ocidental, o construtivismo do gênero demonstra um potencial de emancipação limitado. Sugerimos, portanto, que a abertura da categoria mulher pode proporcionar leituras mais precisas e não totalizantes da realidade dos diferentes grupos de mulheres brasileiras. Para cumprir com os objetivos da pesquisa, adotamos como proposta metodológica a revisão bibliográfica de textos sobre a história do feminismo no Brasil, estudos de gênero, teoria da interseccionalidade e contribuições que abordam a confluência dos feminismos e pós-colonialismos. |