Características sociodemográficas dos indivíduos internados para o serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial em um hospital de Minas Gerais antes e durante a pandemia pelo COVID-19
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Ciências Aplicadas à Saúde
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Departamento: |
ICV - Instituto de Ciências da Vida
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00048 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16368 |
Resumo: | Objetivo: Este estudo teve como propósito avaliar as características sociodemográficas dos indivíduos internados para o Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial em um hospital de Minas Gerais antes e durante a pandemia pelo COVID-19. Métodos: Foi realizado um estudo do tipo transversal e retrospectivo. Foram analisados os registros médicos de todos os pacientes admitidos no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF) no período de 2019 a 2021. Foram coletadas informações clínicas, dados sociodemográficos e datas de internação dos pacientes. A análise estatística incluiu métodos descritivos usando o software R, bem como teste qui-quadrado e MannWhitney, com um nível de significância de 0,05%, utilizando o software JASP. Resultados: Foram examinados 143 prontuários e a maioria das hospitalizações envolveu pacientes do sexo masculino (82,5%). As principais causas de internação foram acidentes de motocicleta (37,8%), infecções bucomaxilofaciais (21,7%) e agressões físicas (11,9%). Quanto aos diagnósticos, as condições mais comuns incluíram fraturas de mandíbula (50 casos), abscessos/celulites (22 casos), fraturas nasais (14 casos) e fraturas do complexo zigomático-maxilar (13 casos). Não houve diferenças significativas na idade (p=0,94) e nas causas de internação entre os períodos avaliados (p=0,31). Também não foi observada uma associação significativa entre aumento ou redução de fraturas ósseas bucomaxilofaciais (p=0,35) ou infecções (p=0,15) antes e durante a pandemia. No entanto, foi notada uma associação significativa em relação ao sexo (OR 0,98, IC 0,03 – 1,92, p=0,04), com menos internações de mulheres durante a pandemia em comparação com o período pré-pandemia. Em relação às internações por infecção, houve diferenças significativas de acordo com o sexo (OR 1,57, IC 0,65 – 2,50, p=4,38e-4), com um maior número de internações entre pacientes do sexo masculino no período total avaliado. As hospitalizações devido a fraturas ósseas bucomaxilofaciais (n=103) foram predominantemente em pacientes do sexo masculino (OR 1,30, IC 0,40-2,19, p=6,01e—3), e observou-se que a maioria dos pacientes internados devido a violência (tiros ou agressões físicas, n=21) apresentou fraturas ósseas (OR 2,24, IC 0,33 – 5,99, p=8,21e-3). Conclusão: Houve uma redução no número de hospitalizações no Serviço de CTBMF durante a pandemia, com uma diminuição correspondente no número de hospitalizações de mulheres. No entanto, os fatores causais das hospitalizações não apresentaram alterações significativas em comparação com o ano de 2019, que foi o último ano antes do início da pandemia. |