O processo de feminização do trabalho e as implicações para saúde da mulher trabalhadora: análise das pesquisas em Serviço Social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Knopp, Liliane Chaves Oliveira lattes
Orientador(a): Coimbra, Ana Lívia de Souza lattes
Banca de defesa: Batistoni, Maria Rosângela lattes, Leite, Janete Luzia lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Serviço Social
Departamento: Faculdade de Serviço Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/592
Resumo: Esta dissertação de mestrado objetiva analisar e apreender, a partir de uma reflexão amparada na tradição marxista e tomando como referência teórico-analíticas os estudos que abordam a reestruturação produtiva, divisão sexual do trabalho e saúde do trabalhador, como o Serviço Social se relaciona com a categoria saúde do trabalhador de forma geral e se há referência da condição específica da mulher trabalhadora no reconhecimento do seu processo de adoecimento. O caminho teórico-metodológico adotado por este estudo procura destacar o desenvolvimento capitalista mundial a partir da década de 1970, a constituição de um novo modelo de organização e gestão do trabalho, tendo como base ideo-política o neoliberalismo, os determinantes desse processo para a classe trabalhadora, especialmente para as mulheres trabalhadoras na sua dupla funcionalidade para o capital, tanto na esfera da produção quanto da reprodução capitalista, e o processo de feminização do trabalho. Caracteriza o trabalho feminino, a relação da saúde com o trabalho, a construção histórica da relação saúde do trabalhador no SUS, as múltiplas determinações da inserção da mulher no mercado de trabalho e os impactos na saúde da mulher trabalhadora advindos dessas transformações. Analisa as pesquisas em Serviço Social apresentadas em cinco edições do ENPESS (2004 a 2012), objetivando compreender em que medida essas duas categorias e as correlações possíveis entre elas despertam interesse dos pesquisadores em Serviço Social. Afirmamos a necessidade da reflexão sobre as condições de vida e trabalho da mulher, a partir da permanência de suas funções “tradicionais” na esfera doméstica e da ampliação de sua participação no mercado de trabalho e seu conseqüente, duplicado e pouco considerado trabalho, no que tange à construção da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e nos debates científico dos assistentes sociais.