Pra que eu tenho de ir à escola?... Com a palavra os praticantes do cotidiano escolar...

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cavaliere, Gláucia de Cássia Magalhães da Silva lattes
Orientador(a): Marques, Luciana Pacheco lattes
Banca de defesa: Fleuri, Reinaldo Matias lattes, Sampaio, Carmen Diolinda da Silva Sanches lattes, Santos, Núbia Aparecida Schaper lattes, Antunes, Katiuscia Cristina Vargas lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6072
Resumo: Esta tese apresenta como foi desenvolvida a pesquisa, a qual visou a “narrar, do ponto de vista da professoracoordenadorapesquisadora, o cotidiano de uma escola municipal situada em comunidade da periferia de Juiz de Fora, no que se refere ao processo de inter-relacionamento dos diferentes significadossentidos sobre a educação, em contexto de multiplicidade de alunos e alunas, construídos pelos atores praticantes do cotidiano escolar – professores, professoras, alunos, alunas, pais, mães e responsáveis”. O estudo teve como proposta metodológica a pesquisa no/do/com o cotidiano, em que foram empregadas duas de suas modalidades – a investigação narrativa, por meio de rodas de conversas com professores, professoras, alunos, alunas, pais, mães e responsáveis, e as observações livres do cotidiano escolar –, ambas realizadas no âmbito da escola escolhida. Para desenvolver este estudo, foi necessário, como ponto de partida, compreender o processo de (re)construção de significadossentidos por parte dos indivíduos, buscando apoio nas teorias de Alexei Nikolaevich Leontiev, Charles Sanders Peirce, Lev Semenovitch Vygotsky, Lourdes Meireles Leão e Mônica de Fátima Batista Correia. Após, foram apreciados os significadossentidos sobre a educação na visão de Antônio Joaquim Severino, Daniel Thin, Marisa Vorraber Costa, Michael Young, Miguel Arroyo, Nilda Guimarães Alves, Paulo Sgarbi, Regina Leite Garcia e Vera Maria Ferrão Candau. As teorias sobre a educação em contexto de multiplicidade de alunos e alunas, a educação inclusiva e a educação intercultural foram buscados principalmente em Abdeljalil Akkari, Ana Canen, David Rodrigues, Luciana Pacheco Marques, Mel Ainscow, Mônica Pereira dos Santos, Reinaldo Matias Fleuri e Tony Booth. Foi observado que, no cotidiano da escola, os atores praticantes da comunidade escolar criam diferentes significadossentidos sobre a educação em geral, e que esta inter-relação de significadossentidos pode influenciar o processo de ensinoaprendizagem. As professoras destacam a importância da construção de conhecimentos pelos alunos e alunas, para que estes sejam formados para um tempo futuro. Entretanto, elas não vinculam esta construção com o tempo presente, intensivo, vivido por seus alunos e alunas, e com a vida fora da escola. Os alunos e alunas, assim como seus pais, mães e responsáveis, concebem a educação escolar como tendo a finalidade de propiciar aos estudantes “ser alguém na vida”, vinculando esta expressão à acepção de ter um bom emprego no futuro ou de mudar suas condições de vida. Os alunos e alunas vivenciam o presente intensamente, valorizando as atividades lúdicas, os jogos, as brincadeiras e as amizades, pensando e vivenciando o tempo presente. Sabem da importância dos conhecimentos, porém não os correlacionam às suas vidas. Os currículos praticados refletem esse contexto, mostrando a necessidade de atenderem aos anseios dos praticantes e de trazerem “a vida para dentro da escola”, e ressaltando a importância do diálogo e da parceria entre alunos e alunas, famílias e escola para ressignificar estes currículos, considerando os diferentes significadossentidos que os praticantes têm sobre a educação.