Plasticidade fenotípica em acessos de Lippia Alba (Mill.) N. E. Br. ex Britton & P. Wilson (Verbenaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Vale, Aline Amália do lattes
Orientador(a): Viccini, Lyderson Facio lattes
Banca de defesa: Santos, Marcelo de Oliveira lattes, Salimena, Fátima Regina Gonçalves lattes, Schnadelbach, Alessandra
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4271
Resumo: Lippia alba (Verbenaceae), popularmente conhecida no Brasil como erva cidreira, é amplamente distribuída nas Américas, onde ocorre em praticamente todos os tipos de ambientes, sendo muito cultivada para uso medicinal. A espécie apresenta grande plasticidade fenotípica, sendo possível observar variações quanto ao hábito, filotaxia, forma e dimensão das folhas, o que dificulta sua classificação taxonômica e a sua utilização na farmacologia. Análises anteriores revelaram a existência de diferentes quimiotipos com diferentes atividades farmacológicas. A proposta deste trabalho foi entender a ampla variação fenotípica existente em L. alba, por meio de uma abordagem multidisciplinar, utilizando 32 acessos da espécie coletados em diferentes regiões do Brasil e mantidos sob as mesmas condições ambientais. Além disso objetivou-se contribuir para a caracterização dos acessos e entender melhor os padrões de especiação em Lippia. Dentre os acessos analisados foram encontradas variações morfológicas tanto em caracteres vegetativos quanto em caracteres reprodutivos. Por meio da estimativa da quantidade de DNA por citometria de fluxo foi possível dividir os acessos em sete grupos com quantidades significativamente diferentes de DNA. Os grupos variaram de 2,31 pg a 6,70 pg de DNA. Na contagem cromossômica realizada por análises em células meióticas e mitóticas foram observados seis números cromossômicos diferentes, 2n=30, 2n=34, 2n=51, 2n=58, 2n=60 e 2n=93, evidenciando níveis de ploidia diferentes na espécie. Na análise palinológica foram observados grãos de pólen com abertura di, tri ou tetracolporadas. Os grupos com acessos diplóides e com menores quantidades de DNA apresentaram apenas grãos tricolporados. Os grãos di e tetracolporados foram observados em acessos com maiores níveis de ploidia. Apesar dos resultados do presente estudo não terem auxiliado na divisão de grupos morfológicos bem definidos, eles demonstram que mesmo sob condições controladas os acessos apresentaram variações morfológicas evidenciando a existência de variação genética como um fator importante para explicar a grande plasticidade fenotípica observada. A existência de níveis de ploidias diferentes sugere que a espécie Lippia alba pode estar em processo de especiação. Além das variações morfológicas e citogenéticas, as variações estomáticas e palinológicas reforçam essa conclusão.