Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Reis, Lívia Bittencourt dos
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Orientador(a): |
Macedo, Gilson Costa
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Banca de defesa: |
Gomes, Marco Túlio Ribeiro
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Rezende, Alice Belleigoli
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/160
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Resumo: |
A Brucella abortus é uma bactéria Gram-negativa que apresenta forma de vida intracelular facultativa e é responsável por causar a brucelose, doença que afeta humanos e animais. A resposta imune contra este patógeno envolve vários mecanismos da imunidade inata e adquirida, entre os quais a citocina IFN- típica do perfil TH1, bem como as células T CD8+, executam papeis importantes. Além das respostas imunitárias clássicas que são induzidas durante infecções por patógenos, as vias imunorregulatórias do hospedeiro podem também tornar-se ativadas no intuito de delimitar a amplitude e duração das respostas imunes, prevenindo a imunopatologia excessiva. Vários dados na literatura mostram o papel de algumas células e citocinas importantes no estabelecimento desta imunorregulação, tais como células T e B regulatórias e as citocinas IL-10 e TGF- Sobreviver a uma infecção requer, portanto, a geração de uma resposta imune controlada. Apesar da importância da imunorregulação, diversos patógenos tem exibido a capacidade de estimular os mecanismos de regulação como uma forma de se evadir do sistema imune e assim estabelecer sua infecção. Devido a isso a investigação do processo imunorregulador que surge em resposta a infecção ou que é induzida pelo próprio agente patogênico torna-se importante, podendo fornecer informações sobre novas abordagens terapêuticas para o controle da infecção. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os mecanismos imunológicos envolvidos na imunomodulação induzida pela bactéria B. abortus em modelo murino. Como metologia, animais C57BL/6 foram infectados com B. abortus e sacrificados uma, três e seis semanas pós-infecção. Um grupo de animais não infectados foi utilizado como controle. Primeiramente, avaliamos a carga bacteriana presente no baço e o índice de proliferação celular de animais infectados ou não, pelo método de MTT e por citometria de fluxo. Analisamos também os níveis de citocinas (IFN-e IL-10) pelo método de ELISA e a produção de células T e B regulatórias por citometria de fluxo, em esplenócitos derivados desses animais. Por fim, avaliamos a influência da infecção com B. abortus no curso da Encefalomielite auto-imune experimental (EAE). Como resultados, verificamos uma diminuição na proliferação celular em animais infectados, sendo esta mais proeminente em linfócitos TCD8+ e células NK+ (natural killer). Concomitantemente, foi percebido um aumento na produção da citocina IL-10. Além disso, animais infectados apresentaram maior número de células TCD4+ e TCD8+ com perfil regulatório bem como células CD19+ produtoras de IL-10, principalmente na terceira semana pós-infecção. Em relação à EAE, de forma inesperada, foi percebido um aumento do escore clínico em animais infectados, comparados aos controles. Dessa forma, foi possível concluir que a infecção por Brucella abortus é capaz de induzir a presença de elementos imunorreguladores porém, estes elementos não foram suficientes para causar uma melhora no curso da EAE. |