A tradução da política dos itinerários formativos em uma escola-piloto do Ceará no contexto da proposta do novo ensino médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Miranda Filho, José Wilson Freitas de lattes
Orientador(a): Ferreira, Marcello lattes
Banca de defesa: Teixeira, Beatriz de Bastos lattes, Luce, Maria Beatriz Moreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Gestão e Avaliação em Educação Pública
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00322
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13682
Resumo: Nesta dissertação desenvolve-se um estudo sobre os processos de implementação do Novo Ensino Médio em uma escola pública do Estado do Ceará. O objetivo geral desta pesquisa é, portanto, analisar o processo de tradução da política do Novo Ensino Médio pela Escola CAIC Senador Carlos Jereissati, com ênfase nas tomadas de decisões, realizadas em 2019, para a construção do plano de flexibilização curricular: os Itinerários Formativos. As análises desenvolvidas se debruçam sobre o documento legado pela escola – Plano de Flexibilização Curricular (PFC) –, além do guia de implementação disponibilizado pela Seduc-Ce e dos Referenciais Curriculares para a Elaboração de Itinerários (RCEIF). Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se a metodologia de análise documental, de natureza qualitativa, conforme os preceitos de Cellard (2008). No campo teórico, lança-se mão da abordagem do Ciclo de Políticas Públicas de Ball (1992; 1994), com a colaboração teórica de Mainardes (2006; 2018) e de Mainardes e Stremel (2010). Para as reflexões sobre o espaço escolar e sobre os modelos curriculares, são utilizados os trabalhos de Silva (1999), Apple (2012; 2017) e Oliveira e Cóssio (2013). Observa-se, na análise dos dados, como a unidade escolar em tela se empenhou no processo de apropriação, recontextualização e recriação desses documentos durante a preparação para a implementação de itinerários formativos. Os resultados da pesquisa apontam que houve pouco acompanhamento da equipe da Seduc e da Crede no que tange ao processo de tradução da política do Novo Ensino Médio, aos procedimentos para a formação de professores implementadores e à construção de um Plano de Flexibilização curricular. Conclui-se que as ações escolares, regra geral, aconteceram de forma proativa diante dos desafios encontrados. No entanto, o estudo evidenciou lacunas nos procedimentos executados pela escola-piloto, a exemplo da falta de uma agenda de ações e observações dos agentes sobre os processos praticados. Revelou-se, também, pouca apropriação, por alguns membros escolares, a respeito do modelo de flexibilização curricular a ser implementado na escola. Ficou comprovada, ainda, a ausência de procedimentos avaliativos, mensuradores das competências e habilidades discentes, assim como a ausência de ações da escola quanto aos resultados insatisfatórios de aprendizagem no novo cenário de ensino. Como proposta de intervenção, no Plano de Ação Educacional (PAE), foram sugeridas ações de revisão de práticas para a preparação da equipe de implementação, a partir da construção de uma agenda de ações colaborativas entre a Seduc, a Crede e a escola. Busca-se, dessa forma, reorganizar o processo de implementação e atribuir ações e formas de monitoramento para uma melhor execução da política em foco na prática escolar