O que a lama não apaga: desastre, memória e sociabilidade em Mariana - MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mendes, Jessica Mazzini lattes
Orientador(a): Condé, Eduardo Antônio Salomão lattes
Banca de defesa: Olender, Marcos lattes, Jackson, Luiz Carlos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11410
Resumo: A presente pesquisa se insere no debate acerca do crime ambiental ocorrido na cidade de Mariana/MG em decorrência do rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Vale/Samarco/BHP. Tal rompimento determinou uma série de rupturas nos processos produtivos, culturais, econômicos e sociais de inúmeras comunidades impactadas, deflagrando uma situação de crise para os atingidos. Possuindo como objeto de estudo a questão do reassentamento coletivo da comunidade Bento Rodrigues, buscaremos compreender o anseio constantemente expresso pelos moradores por se recuperar, ao máximo, as características existentes no antigo subdistrito em um novo entorno material. Com uso de metodologia qualitativa, procedeu-se ao levantamento bibliográfico, à pesquisa documental, ao trabalho de campo e à realização de entrevistas semiestruturadas. O estudo constatou que a recomposição espacial dos elementos referenciais do antigo subdistrito no projeto de reassentamento é emblemática não apenas do “passado”, mas das relações sociais que através do espaço são estabelecidas e que lhes confere forma e vida dentro da estrutura urbana, demonstrando o peso e o valor das relações sociais para a comunidade para além de uma imagem meramente especular de um passado romantizado e idealizado a ser encarnado no reassentamento.