Guerras do Século XXI: a disputa por territórios e narrativas indígenas a partir do livro A queda do céu
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00122 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16535 |
Resumo: | A presente dissertação se apresenta enquanto um esforço acadêmico para reunir informações acerca das vivências indígenas no Brasil. De forma mais específica, este trabalho traz apontamentos e reflexões sobre as narrativas e as cosmovisões indígenas Yanomami a partir do livro “A queda do céu”, escrito pelo xamã indígena Yanomami, Davi Kopenawa, em parceria com o antropólogo francês Bruce Albert. O livro em questão tem como um dos principais objetivos ecoar a voz dos indígenas Yanomami para além das fronteiras de suas terras, alcançando a população não indígena, a fim de que estes cessem os constantes atos de violência física, simbólica e material, que são direcionados aos povos indígenas enquanto um todo. Partindo dos dados sobre narrativas e territórios coletados no livro, percebendo-o enquanto um manifesto cosmopolítico, buscamos informações sobre como os povos indígenas se percebem e são percebidos no Brasil. Sendo assim, esta dissertação é fruto de uma pesquisa majoritariamente construída a partir do método de revisão bibliográfica, possuindo dois pilares teóricos: a síntese teórica do perspectivismo ameríndio, formulada pelos antropólogos Eduardo Viveiros de Castro e Tânia Stolze Lima, além dos relatos pessoais/manifestos de Davi Kopenawa, contidos no livro A queda do céu. A partir dessas bases, trazemos, em menor escala, outras contribuições teóricas, como noções acerca da virada ontológica, antropologia simétrica e noções de cosmopolítica, que auxiliam na compreensão da ideia de que as narrativas indígenas e as narrativas ocidentais são opostas e inconciliáveis por se tratarem, antes de tudo, de mundos diferentes. Tal percepção é fundamental para que possamos entender as vivências e as lutas indígenas no Brasil. Dito isso, o objetivo principal deste trabalho é compreender como as distinções entre as narrativas indígenas e ocidentais culminam em uma percepção radicalmente distinta acerca das funcionalidades do território, desembocando em conflitos violentos em diversos sentidos. |