Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Andréia Aparecida Henriques
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Orientador(a): |
Silva, Girlene Alves da
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Banca de defesa: |
Rabello, Elaine Teixeira
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Souza, Maria das Dores de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3632
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Resumo: |
Este trabalho trata-se de um estudo qualitativo, fundamentado na Teoria das Representações Sociais, que objetivou apreender as representações sociais sobre educação em saúde dos profissionais de nível superior que atuam nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS), com Estratégia de Saúde da Família (ESF). Foi desenvolvido em sete UAPS da região Sudeste do município de Juiz de fora, Minas Gerais, com 30 profissionais de nível superior, sendo as categorias profissionais compostas por médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas e assistente social, no período de julho a setembro de 2015. Os dados foram obtidos por meio de realização de entrevistas, que foram gravadas em áudio e posteriormente transcritas. Os discursos foram organizados por meio de um gerenciador de dados textuais, o OpenLogos, e analisados conforme a análise de conteúdo temática proposta por Bardin. Da análise desses discursos, emergiram três categorias: as representações sobre saúde dos profissionais da ESF; as representações dos profissionais sobre educação em saúde: prevenir doenças ou promover saúde; representações sociais sobre o processo educativo pelos trabalhadores da ESF, com a subdivisão em duas subcategorias: práticas educativas tradicionais e/ou dialógicas; potencialidades e fragilidades no processo educativo. Os achados dessa investigação demonstram que não existe consenso entre os profissionais quando descrevem o que representam ser saúde, levantando aspectos tanto do conceito ampliado, como de definições restritas focadas na doença e controle de corpos saudáveis. Dentro das concepções sobre educação em saúde, a maioria dos profissionais refere-se à prevenção de doenças como o principal objetivo, o que demonstra certa ambigüidade, pois ao considerar os vários determinantes sociais da saúde deveriam ter ações de promoção da saúde agregadas às de prevenção de doenças. No aspecto da prática cotidiana realizada, destacamos que tivemos bons resultados, ao analisar que as práticas educativas desenvolvidas nesses cenários têm sido pautadas no modelo dialógico, que considera o sujeito ativo, valoriza os saberes de todos os envolvidos no processo educativo, estimulando a responsabilização do sujeito para o empoderamento e busca de sua autonomia enquanto ator e autor de suas próprias relações, focando ainda nas necessidades de saúde apresentadas pelos usuários. Foi possível perceber nas representações também a presença, no cotidiano, de práticas voltadas para o modelo conservador, considerando o sujeito como mero receptor de informações, com imposição de condutas e ações direcionadas para áreas programáticas específicas, sem considerar a demanda do paciente. Dentro das representações sociais elaboradas, percebemos que os profissionais citam em excesso aspectos que podem dificultar a realização das práticas educativas, mas também reconhecem as possibilidades que as mesmas favorecem no processo educativo das populações. Espera-se que esses resultados possam contribuir para reestruturar e ressignificar a educação em saúde no cenário da ESF, e que esse modelo dialógico adotado pelos entrevistados seja cada vez mais freqüentes nas práticas profissionais. |