O cuidar de si da mulher quilombola frente aos determinantes sociais em saúde presentes em seu território

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Matos, Lucas Roque lattes
Orientador(a): Pacheco, Zuleyce Maria Lessa lattes
Banca de defesa: Pinheiro, Roseni, Almeida, Geovana Brandão Santana
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11221
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo desvelar o cuidar de si da mulher quilombola frente aos determinantes sociais em saúde presentes em seu território. Tal pesquisa é de natureza qualitativa, tendo como aporte teórico-metodológico o Itinerário de Pesquisa de Paulo Freire e a fenomenologia existencial de Martin Heidegger e realizada em um município da Zona da Mata Mineira. Foram incluídos, neste estudo, mulheres residentes da comunidade quilombola que participam do diretório de mulheres local. O Itinerário de Paulo Freire aconteceu em um encontro sob o formato dos Círculos de Cultura e os encontros fenomenológicos foram guiados pela utilização de entrevista aberta. Da análise destes depoimentos emergiram então, as estruturas essenciais constituindo quatro Unidades de Significação. A compreensão vaga e mediana dos significados permitiu a construção do fio condutor, que conduziu a Hermenêutica. O cuidar de si da mulher quilombola frente aos determinantes sociais em saúde, presentes em seu território, foram desvelados ao externarem a aplicação dos conhecimentos populares e ancestrais que possuem, a partir do resgate histórico das práticas pretéritas presentes na própria comunidade como, por exemplo, as práticas de benzeção e o uso de chás e ervas plantadas e colhidas em seus quintais. Logo, foi possível concluir que tal prática do cuidar constitui o resgate de seu passado e da sua ancestralidade, numa busca constante de encontrar forças para continuar r-existindo dentro de um território permeado por disputas sociais e de poder expressos sob a forma de conflitos econômicos, sociais e culturais. Torna-se recomendável que a formação profissional possa incorporar estudos acerca das populações tradicionais e primitivas, oferecendo a oportunidade que os egressos possam desenvolver um cuidado mais democrático, justo e plural.