Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Souza, Maira Ribeiro de
 |
Orientador(a): |
Perucchi, Juliana
 |
Banca de defesa: |
Aquino, Giselle Braga de
,
Mármora, Claudia Helena Cerqueira
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
|
Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5367
|
Resumo: |
O presente estudo trata-se de uma pesquisa de mestrado vinculada ao Programa de Pós-Graduação de Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora que aborda as temáticas: juventude pobre e participação política no contexto de uma Organização Não Governamental. A pesquisa teve como objetivo geral analisar os discursos sobre o protagonismo juvenil que atravessam práticas socioculturais vivenciadas por jovens da Zona da Mata Mineira e seus desdobramentos para a participação política juvenil. Como delineamento metodológico optou-se pela abordagem qualitativa, exploratória de inspiração etnográfica, sob a forma de estudo de caso. A investigação teve como foco de análise dois projetos sociais desenvolvidos por uma ONG, que envolvem duas expressões culturais: a música (cuja modalidade é o rap) e a dança (que abarca as modalidades do hip hop, funk e axé). Os espaços territoriais nos quais os projetos se desenvolvem, são o centro da cidade e uma periferia, respectivamente. Para o desenvolvimento do estudo foi adotado como referencial teórico as obras de Michel Foucault e suas perspectivas metodológicas de Análise do Discurso. Para ampliar as possibilidades de interação e compreensão das dinâmicas sociais, foram utilizadas diferentes ferramentas, tais como: observação participante, entrevistas semiestruturadas e grupos focais. No recorte realizado para esta dissertação as análises construídas se concentraram em torno de três eixos analíticos, a saber: 1) Aspectos psicossociais e vulnerabilidades vivenciadas pelos/pelas jovens; 2) Análise das perspectivas dos colaboradores que atuam na ONG sobre o protagonismo juvenil; 3) Os efeitos de poder das práticas desenvolvidas pela ONG para a participação política dos/das jovens. Através do desenvolvimento do estudo pôde-se constatar que as vivências juvenis e as possibilidades da emergência dos/das jovens enquanto agentes da ação política estão atravessadas por hierarquias, tanto no contexto interno das práticas desenvolvidas quanto externas a elas, o que aponta para a necessidade de se considerar os atravessamentos dos marcadores sociais que ao mesmo tempo em que forjam a construção de identidades coletivas funcionam como eixos de subordinação. Por meio do olhar interseccional foi possível verificar que no âmbito das práticas socioculturais pesquisadas modos de governo e cooptação dos/das jovens se conflitam com possibilidades de agenciamentos e resistências frente a situações de subordinação e opressões. |