Análise dos gastos hospitalares e ambulatoriais do Sistema Único de Saúde e Previdenciários do Regime Geral de Previdência Social do acidente vascular cerebral no Brasil
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00159 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16798 |
Resumo: | O acidente vascular cerebral é uma doença que gera grande morbimortalidade e impacto socioeconômico no Brasil. O objetivo foi analisar os gastos hospitalares e ambulatoriais do Sistema Único de Saúde e previdenciários do Regime Geral de Previdência Social do acidente vascular cerebral no Brasil, entre 2010 e 2019. Pesquisa observacional e descritiva, que analisou uma série histórica de dados secundários sobre os gastos hospitalares e ambulatoriais, obtidos do Sistema de Informação Hospitalar e Ambulatorial do Sistema Único de Saúde, com acesso ao Tabwin e previdenciários do Regime Geral de Previdência Social, obtidos da Base de Dados Históricos da Previdência Social, online, entre 2010 e 2019. Os gastos foram apresentados em reais (R$), ajustados pela inflação para 2019, incluídos todos os procedimentos hospitalares e ambulatoriais e os benefícios previdenciários concedidos em função do código I-64 (acidente vascular cerebral não especificado em hemorrágico ou isquêmico), acima dos 18 anos de idade, para o sexo masculino e feminino. Os gastos totais foram formados pela soma dos gastos hospitalares, ambulatoriais e previdenciários. Testes estatísticos foram utilizados para analisar os resultados. O gasto total do acidente vascular cerebral para o sistema público foi maior devido aos gastos hospitalares (89%, sendo 96% constituídos por procedimentos clínicos), previdenciários (6%, sendo 99% formados por aposentadorias por invalidez e auxílio-doença) e ambulatoriais (5%, sendo 61% formados por exames de diagnóstico por imagem). Houve elevação dos gastos hospitalares (17%), previdenciários (50%) e decréscimo dos gastos ambulatoriais (-37%). Foram encontradas correlações positivas com o Produto Interno Bruto per capita (r= ,784; p<0,05) e a população idosa (r= ,676; p<0,05). O acidente vascular cerebral gerou mais gastos hospitalares, devido ao perfil clínico da doença, seguido dos gastos previdenciários e ambulatoriais, sugerindo ser uma doença que onera o sistema público e retira a força de trabalho da sociedade. Por isso, podemos sugerir que para a redução dos gastos do sistema público, medidas que combatam os fatores de risco modificáveis devem ser intensificadas, uma vez que a tendência demográfica do país é de aumento da população idosa, um forte fator de risco não modificável para o acidente vascular cerebral, que continuará a aumentar nos próximos anos no Brasil. |