O impacto de bebedouros na distribuição espacial e visitação de flores por beija-flores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Gabriela Monique de lattes
Orientador(a): Guaraldo, André de Camargo lattes
Banca de defesa: Santos, Juliane Floriano Lopes lattes, Ferreira, Luciana Barçante lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18063
Resumo: Alimentadores artificiais para aves, como os bebedouros para beija-flores, são equipamentos utilizados para fins recreativos e de uso permitido pela legislação em unidades de conservação com o intuito de atrair a avifauna e sensibilizar os visitantes. No entanto, essa ação antrópica pode alterar o ambiente natural e influenciar o comportamento de visitação das aves, como a visitação das flores, e consequentemente, o processo de polinização, um importante serviço ecossistêmico. Com resultados divergentes sobre seus efeitos na literatura, este estudo tem como objetivos centrais quantificar a influência de bebedouros sobre a distribuição espacial de beija-flores e seu comportamento como visitante floral em uma área de preservação. Especificamente, avaliamos o impacto da presença de bebedouros nas visitas de beija-flores às inflorescências de Portea petropolitana (Bromeliaceae), uma espécie comum na área de estudo. Definimos quatro transectos de 105m com pontos de observação a cada 35m nos quais observamos as visitas de beija-flores às inflorescências de P. petropolitana na presença e na ausência de bebedouros com solução açucarada instalados nos pontos iniciais de cada transecto. Nossos resultados revelaram que, em ambos os cenários, houve uma diminuição nas visitas dos beija-flores ao longo dos transectos. Ainda que as visitas de beija-flores nos bebedouros tenham sido mais frequentes do que em inflorescências no ponto inicial de cada transecto, não houve evidências de que os bebedouros tenham exercido influência no comportamento de visitação dessas aves. Especificamente, a presença de bebedouros aumentou a diversidade de beija-flores sem afetar significativamente sua distribuição espacial ou padrão de visitação de flores. Isso porque, não foram detectados efeitos na diversidade de beija-flores nem no número de visitas às flores de P. petropolitana localizadas a pelo menos 35 metros dos bebedouros. Portanto, os bebedouros se mostram uma opção viável para atividades de educação ambiental e lazer no local do estudo.