Epidemiologia da Hanseníase e sua distribuição espacial por determinantes sociais em Juiz de Fora, 1995-2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Matos, Aline Mota Freitas lattes
Orientador(a): Teixeira, Henrique Couto lattes
Banca de defesa: Carvalho, Wanessa A. lattes, Carvalho, Maria Teresa F. de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6100
Resumo: A hanseníase ainda representa um sério problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Apesar da expressiva redução da prevalência da doença a nível global, de 5,4 milhões nos anos 80 para menos de 200 mil casos atualmente, a taxa de detecção de casos novos se mantém quase a mesma em diferentes regiões ao longo dos anos. Juiz de Fora, uma cidade com mais de 500 mil habitantes, é referência para o tratamento de hanseníase, abrangendo diversas cidades mineiras. Esse trabalho analisou a situação epidemiológica da hanseníase em Juiz de Fora, comparando dois períodos marcados por mudanças demográficas e na estratégia de prevenção. Foram avaliados 379 casos novos, sendo 238 casos diagnosticados no período I (1995 a 2004) e 141 no período II (2005 a 2015). O estudo analisou o banco de dados das notificações de hanseníase (SINAN, Ministério da Saúde), avaliou as tendências e georreferenciou os casos para análise ecológica de forma espacializada. O georreferenciamento dos casos utilizou o programa ArcGis (versão 10.2.2) e a ocorrência dos casos foi avaliada em relação ao índice de vulnerabilidade da saúde (IVS), indicador que agrupa fatores socioeconômicos e de saneamento. Os resultados mostram queda da prevalência da doença e redução da taxa de detecção de casos novos. O número de casos novos com grau 2 de incapacidade ao diagnóstico, que sinaliza para diagnóstico tardio, mostrou redução significativa no período II, mas ocorreram picos nos anos 1997, 2007 e 2015. Ocorreu diminuição relativa no percentual de casos multibacilares (de 80,2% para 61,5%) e aumento da forma clínica tuberculóide. Análise por regressão logística demonstrou associação das taxas de detecção com IVS elevado. Em conclusão, os indicadores epidemiológicos direcionam para a eliminação da hanseníase no município de Juiz de Fora, os fatores envolvidos e as evidências de casos ocultos da doença na região são apresentados neste estudo.