Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Jaqueline Lupi Seabra da
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Orientador(a): |
Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues
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Banca de defesa: |
Pires, André Monteiro Guimarães Dias
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Mendes, Leonardo Pinto
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Leal, Flávio
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Faria, Alexandre Graça
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4046
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Resumo: |
Ao longo de vários anos de práticas leitoras e dentre diversas obras lidas, tanto clássicas quanto contemporâneas, percebe-se que existe uma predominância de narradores e personagens heterossexuais (masculinos) e pertencentes a raça branca. Ao contrário desse androcentrismo presente no mundo literário, a realidade apresenta-se múltipla, diante disso, pergunta-se: onde estará representada a diversidade de personagens? E, em específico: onde está representada a diversidade de personagens homossexuais? Para responder a essa questão, este estudo pretendeu investigar como os personagens dos romances O beijo da mulher-aranha (1981), Stella Manhattan (1985) e Do fundo do poço se vê a lua (2010) articulam os temas corpo e território para construir uma vivência enunciativa de sexualidade capaz de escapar do padrão “heteronarrativo”. Pretendeu-se compreender também como a sexualidade é representada tanto no plano do conteúdo quanto no plano da expressão nas referidas obras. Destaca-se que os três personagens principais, respectivamente, Molina, Eduardo e Wilson são homoafetivos e vivem processos de desterritorialização e reterritorialização nos seus devidos espaços de convivência, sejam eles espaços fixos ou dentro de processos de mobilidade. A literatura como espaço de catarse e expressão da realidade social é capaz de demonstrar as constantes violências que giram ao redor daqueles que diferem da norma padrão heterossexual, desse modo, este trabalho almejou contribuir para as discussões e, principalmente, denunciar a violência de gênero. É importante ressaltar que mesmo nesse contexto violento, as artes – em específico, a arte teatral, o cinema e a dança – são formas de resistência e contraponto dos personagens contra o sistema heterossexual. A presente pesquisa seguiu uma estrutura pautada nas diretrizes metodológicas que sugerem duas etapas de trabalho: pesquisa teórica e documental. Concluiu-se, portanto, que as três obras analisadas partem de uma matriz heterossexual para contar narrativas homossexuais, mas que, com a presença da arte e o duplo de suas psiques, Molina, Eduardo e Wilson estão em um processo de devir constantes: em suas vivências no “entre lugar” tornam se unos e únicos. |