O deslocamento de gênero e as configurações de masculinidades no cordel
Ano de defesa: | 2011 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Literatura e Estudos Interculturais BR UEPB Mestrado em Literatura e Interculturalidade - MLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1789 |
Resumo: | Vários estudos sobre a produção cordelística têm apontado, no Brasil, a construção de visões sobre esse gênero literário que vão desde às parcas pesquisas sobre a forma ou sobre o gênero propriamente dito, envolvendo suas origens e adaptações, até os ciclos temáticos que tanto tem produzido efeito positivo de encantamento entre os seus leitores. A proposta de leitura que apresentamos procurou contribuir para a ampliação dos estudos do cordel no sentido não só de analisar as configurações de masculinidades presentes no corpus delimitado para o recorte da pesquisa: além disso, fizemos um levantamento dos cordéis que abordam a temática homossexual, desde textos do início do século XX até as produções encontradas recentemente nas mídias, principalmente a digital. Dessa forma, partimos do problema da pesquisa que foi procurar perceber as marcas lingüísticas encontradas nos cordéis para representar os sujeitos homossexuais. Posteriormente, a partir de um suporte teórico da área da antropologia cultural e dos estudos da comunicação, da lingüística bem como da teoria e crítica literária, enveredamos pela construção da análise do corpus. Metodologicamente, discutimos o cordel notícia e as configurações de masculinidades nesse gênero literário. O preconceito, a discriminação e a piada são as imagens mais recorrentes nos cordéis que procuram problematizar a questão gay, e seus autores utilizam-se de máscaras para apresentar a questão ao leitor: por trás do discurso de defesa ou de brincadeira, e principalmente deste, percebe-se o humor negro do narrador que deixa antever as marcas homofóbicas, se não como marca de sua visão, pelo menos como forma de atender às demandas dos leitores, uma vez que o cordelista, nesta perspectiva, prevê um leitor que corrobore o seu discurso. |