Narrativas sobre mulheres: amizade, hospitalidade e diáspora em textos bíblicos fundacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andrade, Altamir Celio de lattes
Orientador(a): Oliveira, Maria Clara Castellões de lattes
Banca de defesa: Oliveira, Salma Ferraz de Azevedo de lattes, Vieira, Geraldo Dondici lattes, Martins, Antônio Henrique Campolina lattes, Silva, Teresinha Vania Zimbrão da lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4698
Resumo: Algumas narrativas da Bíblia contam as histórias de sete personagens do sexo feminino: Sara, Hagar, Rebeca, Tamar, Sifrah, Fuah e Rute. Tais mulheres compartilham entre si um deslocamento geográfico e interior, que se apresenta como uma condição inerente a grande parte dos seres humanos. Esta tese busca, então, investigar os papéis desempenhados por essas mulheres na inauguração e na manutenção de genealogias dos povos bíblicos em seus exílios. O estudo das estratégias de sobrevivência por elas engendradas permite não apenas um entendimento mais amplo dessas narrativas, como também uma percepção de que as suas ações contribuíram para a transformação de tradições estabelecidas e, não raro, opressoras. A partir de conceitos como os de amizade, hospitalidade e diáspora, esta tese lança mão de textos construídos no contexto da pós-modernidade, no qual os deslocamentos e o embate de diferenças são uma constante. Entre os autores que trabalham questões relacionadas a esses conceitos e a essas situações historicamente marcadas encontram-se Emmanuel Lévinas, Hannah Arendt e Jacques Derrida, arrolados nesta tese. Mesmo que a Bíblia tenha sido tradicionalmente tomada como uma narrativa patriarcal, onde os principais eventos giram em torno de figuras masculinas, as ações dessas mulheres se configuram como paradigmáticas. Nos relatos sobre as mulheres em questão há conflito, perda, medo, desejo de sobrevivência e silêncios. Portanto, pode-se dizer que os papéis desempenhados por mulheres no contexto de diásporas de outros tempos e lugares e as suas representações literárias têm essas histórias e suas ficcionalizações como matriciais.