A dominância manual afeta a predição motora durante a observação de uma ação dirigida a um objeto?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Chagas, Amanda Mara de Assis lattes
Orientador(a): Nogueira Campos, Anaelli Aparecida lattes
Banca de defesa: Vargas , Cláudia Domingues lattes, Erthal, Fátima Smith lattes, Oliveira, Laura Alice Santos de lattes, Saunier, Ghislain lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
Departamento: Faculdade de Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13853
Resumo: Introdução: A geração de movimentos voluntários implica em um controle preditivo, o qual assegura a antecipação de eventos sensório-motores futuros que advém da realização de uma ação ou de sua observação. De acordo com a literatura, a dominância manual influencia o padrão de ativação neural durante a observação de uma ação manual. Objetivo: Investigar se a predição de ações manuais dirigidas a objetos varia de acordo com a dominância manual do observador. Metodologia: Vídeos de ações dirigidas a objetos manipuláveis foram apresentados a vinte indivíduos saudáveis (idade: 21,70 ± 3,88 anos). Os participantes reconstruíram as ações observadas de forma cronológica (do início para o fim da ação) ou inversa (do fim para o início da ação) a partir de quadros extraídos dos mesmos vídeos. Os vídeos iniciavam com o ator com a mão na posição de repouso que em seguida era movida, em direção ao objeto. Assim, a consequência natural e esperada da ação observada, após a interação com o objeto, era o retorno do membro para a posição de repouso. Os vídeos foram apresentados com o ator realizando a ação com o membro direito e esquerdo. O parâmetro mensurado foi o tempo de resposta para iniciar a reconstrução da ação previamente observada. Resultados: Os indivíduos canhotos apresentaram maior tempo de resposta, ou seja, foram mais lentos do que os destros para iniciar a tarefa independente da lateralidade do ator durante a ação observada. Além disso, o tempo de resposta foi maior durante a condição cronológica de organização dos quadros, quando comparado com a condição inversa. Conclusão: Sugere-se que os mecanismos neurais ativados para ambas condições devam diferir de modo a favorecer a reconstrução da ação na condição em que é possível prever os eventos sensório-motores seguintes e esperados a partir de sua observação.