Caracterização e identificação de adulterações em Whey Protein por espectroscopia de fluorescência estacionária e resolvida no tempo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moura, Israel Novaes de lattes
Orientador(a): Furtado, Marco Antônio lattes
Banca de defesa: Pinto, Sandra Maria lattes, Velenzuella, Maria Jose Bell lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados
Departamento: Faculdade de Farmácia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5965
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a caracterização e eficácia de diferentes técnicas da espectroscopia de fluorescência na detecção de adulterações em formulações de Whey Protein concentrado (WPC) em pó, a partir de sua mistura com substâncias de diferentes origens. Foram estudados dois diferentes lotes de WPC provenientes do mesmo fornecedor. Adulterações foram realizadas a partir da adição individual de Cafeína (Tratamento 1), Creatina (Tratamento 2) e Lactose (Tratamento 3) a 30% (m/m) em WPC e submetidas às análises de espectroscopia de fluorescência estacionária e resolvida no tempo, utilizando-se os comprimentos de onda de excitação de 275 e 335 nm. Quando excitadas a 275 nm, as amostras apresentaram pico de emissão a 335 nm aproximadamente, com uma banda de emissão em torno de 380 nm, característica apenas na amostra contendo cafeína, enquanto lactose e creatina não induziram alterações no espectro do WPC. Quando excitadas a 335 nm, as amostras apresentam picos de emissão com máximo em 425 e 470 nm, sem diferenciação por simples observação do espectro. Análise da distância Euclidiana evidenciou que, quando excitadas a 275 nm, os espectros completos dos tratamentos 2 e 3 foram semelhantes ao Controle 1 enquanto o Tratamento 1 foi diferente. Já na excitação a 335 nm todos os espectros foram semelhantes. Análise de Componentes Principais (PCA) confirmou a diferenciação do Tratamento 1 a 275 nm mas foi inconclusiva com a excitação de 335 nm, porém determinou pontos de interesse para estudos das derivadas dos espectros. Com as derivadas, foi possível a diferenciação entre os Tratamentos 2 e 3 nos dois comprimentos de onda, com enfoque em comprimentos de ondas específicos que podem ser decisivos na diferenciação das adulterações. Em relação a espectroscopia resolvida no tempo, o Tratamento 1 demonstrou valores da intensidade média do tempo de vida de emissão superior aos tratamentos 2 e 3 nos dois comprimentos de onda de excitação empregados. A adulteração com cafeína foi realizada na amostra Controle 2 e foi observado resultado semelhante quando comparada ao Controle 1. De maneira geral, a aplicação das técnicas de espectroscopia de fluorescência estacionária e resolvida no tempo possibilitou a caracterização das amostras utilizadas no estudo. Além disso, possibilitou a observação de diferenças entre as amostras controles e aquelas adulteradas, especialmente a adicionada de cafeína e excitada no comprimento de onda 275 nm, com ajuda de ferramentas matemáticas. Os resultados aqui obtidos corroboram com o fato de que as técnicas empregadas podem ser importantes na detecção de fraudes em produtos lácteos.