Determinação de ácidos graxos em amostras alimentícias e biológicas utilizando eletroforese capilar de zona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Barra, Patrícia Mendonça de Castro lattes
Orientador(a): Oliveira, Marcone Augusto Leal de lattes
Banca de defesa: Sousa, Rafael Arromba de lattes, Micke, Gustavo Amadeu lattes, Borges, Keyller Bastos lattes, Silva, José Alberto Fracassi da lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Química
Departamento: ICE – Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4319
Resumo: Um método alternativo para a análise simultânea dos ácidos graxos (AG) majoritários cis-trans: esteárico (C18:0), elaídico (C18:1t), oleico (C18:1c), palmítico (C16:0), linoleico (C18:2cc ) e linolênico (C18:3ccc ), foi proposto utilizando a técnica de eletroforese capilar de zona (CZE) com detecção indireta. A metodologia foi otimizada através do planejamento composto central rotacional 23 (23-CCD) e após estudos, juntamente com a Análise de Componentes Principais (PCA), chegou-se a um eletrólito com condições ótimas, composto por: 15,0 mmol L-1 de tampão NaH2PO4/Na2HPO4 com pH ≈ 6,86, 4,0 mmol L-1 de SDBS, 8,3 mmol L-1 de Brij 35, 45% v/v de acetonitrila e 2,1 % de 1-octanol. A quantificação dos AG em amostras reais foi realizada através do cálculo de fator de resposta (FR) com a posterior verificação da linearidade dos modelos matemáticos propostos. O método de CZE foi aplicado com sucesso e nenhuma diferença significativa foi encontrada dentro de intervalo de confiança de 95% quando comparado com a metodologia oficial por cromatografia à gás (GC) para as amostras alimentícias do tipo: azeite de oliva, óleo de soja, gordura vegetal hidrogenada, manteiga, margarina, requeijão e biscoito recheado. Além da utilização da metodologia para análise de amostras alimentícias, foi também aplicada na determinação AG no fígado de ratos Wistar de três grupos, que consumiram dietas, cuja fração lipídica era composta por óleo de soja utilizado por diferentes períodos de tempo em processos de fritura por imersão. Após 45 dias consumindo essas dietas, os ratos foram submetidos à eutanásia e o teor de AG no fígado foi monitorado por CZE. Os resultados obtidos foram comparados com o método oficial por cromatografia à gás e não foram observadas diferenças significativas no intervalo de confiança de 95% e/ou 99%. Os resultados dos eletroferogramas do fígado dos ratos foram avaliados por PCA, sendo possível obter um reconhecimento de padrão e discriminar o grupo final dos grupos intermediários e controle e, indicando que o tempo de exposição total de óleo submetido a processos de fritura pode ser considerado relevante para a avaliação da qualidade do óleo. Tendo observada diferença no teor de AG no fígado dos grupos de animais, buscou-se verificar possíveis biomarcadores para o metabolismo celular e, considerando que alguns elementos atuam como cofatores para a atividade enzimática, determinados minerais foram avaliados em amostras de fígado e fêmur dos ratos Wistar envolvidos no estudo supracitado, utilizando a técnica de espectroscopia de emissão atômica com plasma indutivamente acoplado (ICP OES). Sabe-se que todos os animais envolvidos neste estudo receberam a mesma quantidade de selênio e de mesma origem (Mix mineral). Entretanto, os animais pertencentes ao grupo final apresentaram uma diminuição considerável no teor de selênio quando comparados aos grupos controle e intermediário. Logo, pode-se dizer que a interação do selênio com outros componentes da dieta (AG) foi alterada, uma vez que os animais deste trabalho foram afetados distintamente pela dieta, apresentando uma grande dispersão nos valores de selênio no grupo final. A diminuição no teor de selênio do grupo final pode estar relacionada com a diminuição da função antioxidante, já que os processos de oxidação geram também compostos altamente reativos, que em excesso aumentam o estresse oxidativo de estruturas celulares.