Prospecção de flavivírus em culicídeos e pequenos mamíferos, em Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rezende, Izabela Maurício de lattes
Orientador(a): Drumond, Betânia Paiva lattes
Banca de defesa: Silva, Maria Luzia da Rosa e lattes, Magalhães, Cíntia Lopes de Brito lattes, Fernandes, Guilherme Côrtes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/116
Resumo: O Brasil é um país tropical de grande extensão territorial, com mais de um terço recoberto por florestas tropicais e outros ecossistemas naturais com condições ideais para a ocorrência de diversas arboviroses, as quais são mantidas em uma grande variedade de ciclos zoonóticos. Dentro deste cenário, Minas Gerais abriga um dos biomas mais importantes do Brasil, a Mata Atlântica, considerado ‘hotspot’, ou seja, região com uma rica biodiversidade. Estes fatores somados às diferenças climáticas, a grande variação latitudinal e as variadas tipologias vegetacionais do estado, propiciam a ocorrência de áreas com elevados índices de diversidade e endemismo de mamíferos. Diante deste contexto, este trabalho visou realizar a prospecção de flavivírus em culicídeos e pequenos mamíferos, em Minas Gerais, Brasil. Pools de culicídeos coletados em Montes Claros, no ano de 2012, tiveram seu RNA total extraído e foram testados por RT-PCR para a presença de flavivírus. Uma coleção de pequenos mamíferos, que foram coletados em Rio Pomba, MG, nos anos de 2012 e 2013, pertencentes a Coleção-ECOVIR, também foram analisados neste trabalho, sendo utilizados o soro de 115 animais e fígado de 54 animais desta coleção. Estas amostras passaram pelo processo de extração de RNA total, seguida da síntese de cDNA e testes para a presença de flavivírus através da técnica de qPCR. Dos 96 pools de culicídeos testados, um pool de A. aegypti pode estar naturalmente infectado com DENV-1. Posteriormente, 69 pools foram testados para YFV, SLEV e ROCV e um pool de A. scapularis apresentou fragmento de DNA com tamanho esperado para ROCV no PCR e apresentou um amplicon na reação de qPCR com iniciadores Flavi-1, indicando a circulação de flavivírus em Aedes scapularis no ambiente urbano de Montes Claros. Uma amostra de roedor Calomys sp. foi detectada como naturalmente infectada com flavivirus (possivelmente SLEV, DENV-1, DENV-3 e DENV-4), mostrando que roedores podem fazer parte da cadeia de manutenção e/ou transmissão de flavivírus na natureza, no Brasil. Esta amostra de roedor foi coletada na área de pasto, que poderia ser considerada uma área de transição entre o ambiente silvestre e peridoméstico.