Diversidade e composição da mirmecofauna como indicadora de regeneração de áreas ciliares em empreendimentos hidrelétricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barbosa, Eudes Ferreira lattes
Orientador(a): Prezoto, Fábio lattes
Banca de defesa: Müller, Marcelo Dias lattes, Cortes, Simone Alves de Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2516
Resumo: Nesse estudo se buscou definir o status de recuperação de uma área revegetada a partir da resposta da mirmecofauna às diferentes condições ambientais (Bioindicação), comparando quatro áreas – Revegetada (A1), Mata Nativa (A2), Pastagem (A3) e Mata Ciliar (A4) – do entorno do Lago da UHE Risoleta Neves, municípios de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado – MG, com 12 coletas quinzenais entre Abril e Setembro de 2009. Em um transecto de 150 metros para cada área foram amostradas em dez pontos nas armadilhas de isca 20 gêneros e 31 gêneros nas do tipo pitfall, o que demonstrou a eficiência do pitfall para amostragem de gêneros da mirmecofauna epigéica. A área A1 apresentou o maior número de gêneros (n=25), seguida pelas áreas A3 (n=21), A2 (n=20) e A4 (n=19). A maior riqueza e compartilhamento de gêneros de A1 com as demais áreas podem estar relacionados ao incremento na diversidade de habitats devido ao processo de revegetação. Os gêneros Pheidole (17 espécies), Camponotus e Crematogaster (6 ssp.) e Solenopsis, Paratrechina, Sericomyrmex, Brachymyrmex e Pseudomyrmex (4 ssp.) foram os de maior riqueza. Alguns ocorreram em áreas específicas: Neivamyrmex (na área A3), Myrmicocrypta e Labidus (A2), Octostruma e Trachymyrmex (A1), e Myrmelachista (A4). Outros foram não registrados em apenas uma área: Cephalotes, Monomorium, Strumigenys e Cyphomyrmex (ausentes em A2), Sericomyrmex e Pseudomyrmex (A3) e Odontomachus (A4). Essas particularidades na ocorrência de gêneros e espécies merecem aprofundamentos em próximos estudos. Os índices de similaridade de Sörensen (S) e Funcional (Sf) apresentaram maior similaridade entre A2 e A1, o que confirma a hipótese de que a composição da mirmecofauna possa indicar o status de recuperação de A1. A área A3 se mostrou menos semelhante as demais, apresentando no índice CHAO 2 uma menor riqueza estimada (n=64), sendo A2 (n=87.1), A4 (n=68.71) e A1 (n=74.93). A diferença maior entre riqueza observada e estimada apresenta A2 como mais diversa que o amostrado. O escalonamento multidimensional não-métrico – NMDS – confirma a existência de grupos para as quatro áreas, sendo A3 um grupo bem diferenciado. A frequência de ocorrência precisa ser melhor compreendida. Podemos concluir que existe uma interdependência entre a mirmecofauna e o ambiente em que vivem, mas precisam de aprofundamento no conhecimento de suas ecologias para que se possa qualificar os seus papéis na dinâmica e funcionamento dos ambientes.