Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Aguiar, Jonas José Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-17072017-200915/
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Resumo: |
Os bioindicadores são organismos ou comunidades de organismos que apresentam respostas às mudanças do ecossistema, servindo como guia da condição ambiental como um todo. Dentre estas mudanças se destacam as resultantes de ações antrópicas que, no Cerrado, foram responsáveis pela redução da área nativa à metade do valor original. As formigas têm sido utilizadas como bioindicadores em programas de monitoramento de ecossistemas por compartilharem características de alto valor na bioindicação. O presente trabalho buscou o levantamento da diversidade de formigas e identificação de espécies indicadoras em duas áreas com diferentes níveis de regeneração de Cerrado: nível de regeneração inicial e avançado. Objetivou-se testar o pressuposto de que a diversidade de formigas responde ao gradiente de regeneração do Cerrado, apresentando um aumento na diversidade quanto maior for nível de regeneração da área. Adicionalmente, buscou-se avaliar a riqueza e composição de espécies de formigas através das seguintes hipóteses: (1) a riqueza de formigas aumenta sob influência do nível de regeneração mais avançada, possivelmente em decorrência do aumento da diversidade vegetal e de nichos disponíveis; que (2) há uma separação na composição taxonômica e de guildas nas áreas regeneração; e (3) que a riqueza e abundância das guildas, da mesma forma, aumentam sob influência do nível de regeneração das áreas. Para a execução deste trabalho foi realizada uma coleta no início da estação seca as áreas de reserva da fazenda Nova Monte Carmelo, Minas Gerais, Brasil. Foram estabelecidas 16 parcelas em cada nível de regeneração nas quais foram distribuídos um total de 128 pitfalls epigéicos. No total, foram coletadas 87 espécies/morfospécies de formigas sendo 64 em regeneração inicial e 71 em regeneração avançada sendo que 55,17% das espécies foram encontradas nas duas áreas. Os gêneros mais abundantes coletados foram Pheidole, Solenopsis e Camponotus. As áreas de regeneração avançada apresentaram maior riqueza que a área de regeneração inicial. Foram encontradas diferentes espécies indicadoras em cada área sendo em regeneração inicial: Solenopsis sp. e Dorymyrmex sp., e em regeneração avançada: Atta sp., Camponotus crassus, C. personatus, C. sp. E, Ectatomma permagnum, Pheidole sp., Pheidole sp., Pseudomyrmex termitarius e Pogonomyrmex naegelli. A análise de composição taxonômica resultou na formação de dois grupos distintos sugerindo que a regeneração dirige a separação taxonômica. Por outro lado, a composição taxonômica de guildas não apresentou distinção estatística clara entre as áreas. As áreas de regeneração avançada apresentaram representantes de todas as nove guildas coletadas, enquanto as áreas de regeneração inicial obtiveram apenas oito. Além disso, houve diferença entre as proporções de guildas entre as áreas. Desta forma, excetuando-se a composição de guildas, as demais hipóteses aqui testadas foram corroboradas concordando assim com o pressuposto do trabalho. O presente trabalho reafirma a eficiência destes componentes em análises comparativas de áreas de regeneração do Cerrado, apresentando respostas visíveis e eficientes em todos os componentes de comunidades aqui analisados |