Caracterização e análise do pigmento azul dos arilos de Ravenala madagascariensis para incorporação em produtos de consumo humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nogueira, Beatriz Paiva lattes
Orientador(a): Pinto, Priscila de Faria lattes
Banca de defesa: Santos, Marcelo de Oliveira lattes, Souza, Juliana Maria Oliveira lattes, Emídio, Nayara Braga lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00081
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17285
Resumo: Ravenala madagascariensis, mais conhecida como árvore dos viajantes, é uma árvore da família Strelitziaceae nativa da ilha de Madagascar no continente africano, porém muito bem adaptada nos trópicos, crescendo bem na América, Ásia e Austrália. Esta espécie apresenta importantes aplicações nos tratamentos para doenças crônicas, como diabetes, pedras nos rins, hipertensão e aplicações estéticas, com patentes mundiais descrevendo sua aplicação em cosméticos. Os dados sobre a utilização desta espécie, entretanto, ainda são escassos e centrados nas partes aéreas da planta. O objetivo desta dissertação se concentra na elucidação danatureza química dos pigmentos dos arilos de R. madagascariensis e das suas propriedades biológicas, padronizando sua obtenção para aplicação em produtos deuso humano, como os cosméticos. As amostras utilizadas foram coletadas de espécimes de R. madagascariensis da cidade de Juiz de Fora – MG. Os arilos foram removidos manualmente e armazenados em temperatura ambiente. A análise por microscopia de campo claro dos arilos, apresentou estruturas ricas em célulasparenquimáticas isodiamétricas com espessamento em seus ângulos opostos aos espaços intercelulares e a avaliação desta estrutura por microscopia eletrônica de varredura indicou uma composição de carbono, oxigênio, sódio, alumínio, enxofre e nitrogênio na amostra. A fim de caracterizar a presença de metabólitos secundários foram realizados ensaios fitoquímicos com extratos dos arilos obtidos em Hexano, Etanol e SDS 10%. Os dados obtidos revelaram a ausência de metabólitos secundários que estivessem relacionados com a cor azul nos extratos. Os resultadosdas análises centesimais detectaram uma composição rica em lipídios (81,45%), carboidratos (7,03%), umidade (3,71%), cinzas (0,78%) e proteínas e peptídeos (7,1%). A cromatografia de camada delgada confirmou a presença de peptídeos/proteínas e de metabólitos com capacidade antioxidante nos extratos, uma atividade biológica importante. Com a separação dos componentes através de eletroforese em SDSPAGE foi possível observar um perfil proteico com bandas de aproximadamente 14kDa que foram avaliadas por espectrometria de massas. As varreduras em espectrofotômetro do extrato padronizado durante o planejamento fatorial desenvolvido neste trabalho, indicaram picos de absorção significantes em 400nm e 620nm, que podem estar relacionados com a presença de grupos cromóforos nos extratos. Os resultados obtidos indicaram que a substância que confere cor aos arilos de R. madagascariensis não é um metabólito secundário. Fato que quando relacionado aos demais resultados sugere que um grupo cromóforo associado a uma proteína é responsável pelas características únicas do extrato, incluindo cor e estabilidade.