Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Vanelli, Chislene Pereira
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Orientador(a): |
Paula, Rogério Baumgratz de
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Banca de defesa: |
Costa, Darcília Maria Nagen da
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Pinheiro, Hélady Sanders
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Bastos, Rita Maria Rodrigues
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/514
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Resumo: |
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis estão associadas a grande morbimortalidade e a elevados custos financeiros para o sistema público de saúde. Dentre estas doenças, destaca-se a hipertensão arterial sistêmica (HAS), uma doença de alta prevalência e que se associa frequentemente com complicações metabólicas, renais e, sobretudo cardiovasculares. Diante dessa realidade, foi implantado o Programa Hiperdia Minas no Estado de Minas Gerais, visando garantir o acesso à assistência especializada aos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e doença renal crônica. O presente estudo foi dividido em duas etapas, as quais tiveram por objetivo descrever o perfil sociodemográfico e clínico dos usuários, além da caracterização das equipes das unidades de saúde avaliadas. Metodologia: O estudo descreveu e analisou a base de dados do Centro HIPERDIA Minas de Juiz de Fora e também as unidades de atenção primária a saúde (UAPS) que encaminharam usuários a este Centro. Foram incluídos no estudo 943 usuários encaminhados e atendidos para controle da HAS. Foram entrevistados os profissionais de saúde de 14 UAPS da cidade de Juiz de Fora, selecionadas pelo número de encaminhamentos ao Centro HIPERDIA. Resultados: A média de idade dos indivíduos foi 58,8±13,1 anos, sendo 61,3% do gênero feminino. Apenas 20,7% dos usuários chegaram ao Centro HIPERDIA com HAS em estágio 3. Do total de usuários avaliados, 78,6% apresentava excesso de peso. Hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia e elevação do colesterol LDL estiveram presentes em 45,0, 49,6 e 66,5%, respectivamente. Além disso, 49,9% apresentaram taxa de filtração glomerular estimada < 60 mL/min, 15,3% dos usuários apresentavam coronariopatia, 76,1% disfunção diastólica de ventrículo esquerdo e 34,8% alto risco cardiovascular. A pressão arterial esteve elevada em 72,5% dos hipertensos por ocasião da admissão no Centro HIPERDIA Minas de Juiz de Fora. UAPS com equipes incompletas foram relatadas por 53,8% dos supervisores. Não foram realizadas “Referência” e “Contra referência” de atendimento de usuários entre a atenção básica e os outros níveis de complexidade em 61,5% das unidades. Em 84,6% das UAPS, a coordenação não analisou os relatórios emitidos pelo sistema de informações do Hiperdia. Conclusões: Observou-se elevada prevalência de dislipidemia, doença cardiovascular e redução na taxa de filtração glomerular. Encaminhamentos inadequados, mau controle da hipertensão arterial e a elevada prevalência de lesões de órgãos alvo sugerem a fragmentação no sistema de atenção à saúde e a ineficiência de interlocução entre os diferentes níveis da rede de atenção à saúde. |