Produção de memória: o (não) lugar do holocausto brasileiro no currículo de história em Barbacena/MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Martin, Fábio Rodrigues lattes
Orientador(a): Martins, Marcus Leonardo Bomfim lattes
Banca de defesa: Torres, Mariana Cassab lattes, Monteriro, Ana Maria Ferreira da Costa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17707
Resumo: A presente dissertação tem como objeto de estudo a memória do Holocausto Brasileiro – maneira pela qual as práticas realizadas no Hospital Colônia de Barbacena ficaram conhecidas em função de seus resultados. A escolha por essa memória se dá pelo seu potencial de atravessar os processos de identificação e subjetivação dos sujeitos barbacenenses via ensino de História. Inscrita no campo do Ensino de História e na postura epistêmica pós-fundacional, assumida também como postura política do Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação, Currículo e Ensino de História (GEPACEH/UFJF), o objetivo desta pesquisa foi investigar se, e como, a memória do Holocausto Brasileiro – aqui percebida como um tema sensível – é interpelada no Currículo de História da cidade de Barbacena (MG), ainda que essa cidade não possua um currículo municipal “oficial”, sendo regida pelo Currículo Referência de Minas Gerais, no qual a temática em questão é silenciada. A análise é realizada a partir de três eixos: Memória, Narrativa e Currículo. O corpo empírico da pesquisa é constituído por entrevistas-narrativas online com professoras e professores de História que atuam na referida cidade. Sob a ótica de Gabriel (2019, p. 76), o Currículo de História pode ser o próprio ato de percorrê-lo, e pode ser significado “como o conjunto de experiências e ações que ocorrem na escola e, em particular, na sala de aula, envolvendo os processos singulares de produção e de distribuição do conhecimento histórico escolar”. Partindo desse pressuposto, a investigação aponta um movimento docente produzindo um Currículo de História. Tal percepção fora nomeada como ação política docente – em outras palavras, disputando e produzindo concomitantemente um Currículo de História e um conhecimento histórico escolar “de” e “para” a cidade de Barbacena. Destarte, assume-se o “lugar de fronteira” (Monteiro, 2007) para o ensino e Currículo de História, possibilitando deslocamentos entre a memória do Holocausto Brasileiro e as prescrições curriculares de História que regem as escolas da educação básica pública de Barbacena.