Os efeitos econômicos da eficiência portuária no Brasil
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Economia
|
Departamento: |
Faculdade de Economia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00345 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15032 |
Resumo: | A estrutura contemporânea de comércio internacional, organizada em um contexto de integração produtiva entre países e cadeias globais de valor, demandam de disposições logísticas que viabilizem a operação de escoamento de produtos e insumos, tanto para o mercado externo quanto interno. Em específico, o setor portuário é responsável por operacionalizar grande parte de toda movimentação referente ao comércio internacional. Assim, avanços logísticos e operacionais no setor, em destaque a redução do tempo em que uma embarcação demora para realizar os trâmites operacionais, indica uma melhora em termos de eficiência portuária, que por sua vez, reduz barreiras não-tarifárias de tal modo que amplia as relações comerciais entre as economias mundiais. Esta dissertação contribui para este debate e avalia os efeitos econômicos de longo prazo da redução dos dias de operação de carga e descarga do sistema portuário brasileiro em relação ao caminho tendencial da economia brasileira (business-as-usual). Para acomodar este objetivo geral, esta pesquisa construiu vetores anuais de tempo médio de operação por produto embarcado e desembarcado por navegações marítimas nos portos brasileiros a partir dos microdados disponíveis pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Estes vetores anuais foram convertidos em equivalente não-tarifário para a simulação de três cenários de ganhos de eficiência portuária em um modelo de equilíbrio geral computável (EGC) multiregiões da economia mundial, conhecido como Dynamic Global Trade Analysis Project (GDyn). Os resultados conclusivos apontam que os ganhos de eficiência em operações portuárias, ao contribuírem para remover e/ou reduzir essas barreiras sobre o fluxo de bens importados e exportados, estimulariam a escala de produção e demanda de certos setores domésticos na economia brasileira. Em especial, promoveriam um processos de industrialização nacional, em virtude que o aumento da eficiência portuária em 25% até 2040, geraria maior crescimento produtivo nos setores de maior valor agregado (Serviços e Industria de Transformação), um efeito somado de 0,185%. Já os setores primários (Agropecuária e Industria da extrativa) teriam um desvio somado de somente 0,001%, o que indicaria uma mudança no direcionamento produtivo da economia. Além disso, a formação de capital físico aumentaria, especialmente em virtude do aumento da demanda de insumos importados que complementaria a oferta. Ao comparar com outras regiões do mundo, os países do Mercosul se beneficiariam mais do ganho de eficiência portuária brasileiro do que as outras regiões |