Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Reis, Rita de Cássia
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Orientador(a): |
Mortimer, Eduardo Fleury
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Banca de defesa: |
Maldaner, Otavio Aloisio
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Diniz-Pereira, Júlio Emílio
,
Silva, Nilma Soares da
,
Lopes, Jose Guilherme da Silva
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
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Programa de Pós-Graduação: |
-
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Departamento: |
-
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7003
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Resumo: |
Este texto apresenta os resultados de uma pesquisa que investigou a relação entre o conhecimento químico e a formação acadêmico-profissional do professor de ciências das séries finais do ensino fundamental. Nosso objetivo foi analisar como o conhecimento químico é abordado durante a formação do professor de ciências e caracterizar as visões dos licenciandos sobre o conhecimento químico e o ensino fundamental de ciências. Consideramos que a disciplina escolar de Ciências da Natureza no ensino fundamental lida com conhecimentos das áreas de Química, Física, Biologia, Astronomia e Geologia. Essa disciplina possui como característica principal a interdisciplinaridade e a integração dos saberes (ideias estruturadoras), de cada área para o desenvolvimento do pensamento científico e para a compreensão dos fenômenos da natureza. Para obtermos nossos dados, utilizamos diferentes procedimentos metodológicos, que envolvem aspectos qualitativos e quantitativos. Inicialmente, descrevemos o desenvolvimento das licenciaturas em Ciências da Natureza no Brasil. Analisamos as matrizes curriculares e as ementas das disciplinas de química daquelas que as disponibilizam nos sites institucionais. Posteriormente, selecionamos uma licenciatura em Ciências da Natureza para investigar como os licenciados consideram: seu processo formativo, suas perspectivas para a docência, suas visões sobre o ensino fundamental de ciências e suas visões sobre o conhecimento químico que é, ou pode ser, difundido no ensino de ciências e em sua graduação. Para o levantamento de dados, aplicamos um questionário aos licenciandos que cursavam as disciplinas de estágio supervisionado ou disciplinas que envolviam práticas escolares. Entrevistamos os licenciandos que estavam se formando, os coordenadores (do período noturno e do período diurno) e alguns professores de química que lecionavam na licenciatura investigada. A análise das matrizes curriculares e ementas nos permitiu concluir que, de modo geral, os cursos de licenciatura em Ciências da Natureza apresentam momentos significativos de discussão sobre o conhecimento químico necessário para atuar no ensino de ciências. Observamos que, em geral, universidades com institutos de química, física e biologia bem estabelecidos não se interessam em oferecer esses cursos, pois isso exige um esforço de integração entre o corpo docente. Isso foi reafirmado pelas respostas dos professores de química, dos coordenadores e dos licenciandos entrevistados. Foi destacado também a importância de se criar espaços institucionais (Núcleo Docente Estruturante, Fórum de curso etc.) e estruturais (sala de café, refeitórios, distribuição dos gabinetes etc.), nos quais os professores formadores de todas as áreas do curso entrem em contato. Para estes, o papel da química no ensino fundamental está relacionado à investigação crítica dos fenômenos e objetos presentes no cotidiano dos estudantes da educação básica e tem como objetivo, despertar o entendimento de como ocorrem os processos ao seu redor e como o avanço científico e tecnológico influencia nas escolhas e no modo de vida dos estudantes. Além disso, os formandos destacaram que ter acesso ao conhecimento químico, aos de outras áreas e a um novo olhar sobre as formas de ensinar, durante a formação, é fundamental para abordar os conteúdos no ensino fundamental de maneira integrada, sem priorizar uma das áreas. |