Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Reis, Rita de Cássia
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Orientador(a): |
Lopes, José Guilherme da Silva
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Banca de defesa: |
Flôr, Cristhiane Carneiro Cunha
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Mortimer, Eduardo Fleury
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Química
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Departamento: |
ICE – Instituto de Ciências Exatas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1753
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Resumo: |
O presente trabalho relata uma pesquisa desenvolvida ao longo do mestrado com o intuito de investigar como os conceitos de química são introduzidos e discutidos no ensino fundamental, ciclo II, dando ênfase às interações dialógicas que ocorrem em uma sala de aula de ciências. Para isso buscou-se investigar em uma turma do 6° ano do ensino fundamental, a partir do tema Ciclos Biogeoquímicos, quais os conceitos e termos da linguagem química eram utilizados pela professora em suas explicações e como os alunos se apropriavam dessa linguagem em seu discurso. Adotamos como referencial teórico as reflexões sobre linguagem de Bakhtin e Vigotski através de seus trabalhos que estabelecem a relação entre o desenvolvimento dos conceitos científico e espontâneo na criança. Para realizarmos a análise da atividade discursiva na sala de aula de ciências adotamos a ferramenta analítica proposta por Mortimer e Scott (2002). Analisando as interações discursivas percebemos que os conceitos químicos são introduzidos pela professora em sua fala ao explicar o fenômeno estudado. Em outros momentos, esses conceitos são introduzidos para sanar dúvidas geradas pelos alunos. Com relação a esses últimos, alguns passam a utilizar esses conceitos em sua fala, naturalmente, acompanhando o discurso da professora e outros alunos sentem dificuldade com o verbalismo característico dos conceitos científicos. Mas, em ambos os casos, os conceitos são utilizados por eles sem a preocupação com o formalismo do que significam para a comunidade científica, pois o processo de generalização em busca da formação dos conceitos verdadeiros está apenas começando. Observando a formação inicial da professora e a sua postura em sala de aula percebemos a evolução na sua concepção sobre o processo de ensino e aprendizagem, passando de uma visão disciplinar do ensino de ciências no ensino fundamental, para uma concepção de ensino que contemple as diferentes contribuições das áreas de química, física e biologia. Acreditamos que essa forma integradora de se abordar o ensino de ciências, na qual a química se constitui como uma área que dialoga com as demais, propicia ao aluno a construção de um pensamento químico para as séries posteriores de ensino, bem como para a sua vivência cidadã. |