Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Henrique Silva
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Orientador(a): |
Fortes, Fábio da Silva
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Banca de defesa: |
Miotti, Charlene Martins
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Jesus, Carlos Renato Rosário de
,
El-Jaick, Ana Paula Grillo
,
Ribeiro, Tatiana Oliveira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6017
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Resumo: |
Nos proêmios de suas obras filosóficas, Cícero desenvolve uma defesa do uso da língua latina para a discussão de temas filosóficos. A apresentação preliminar desse assunto se deve à concepção dominante no período da República Romana Tardia segundo a qual apenas o grego figuraria como língua adequada à expressão das problemáticas de natureza filosófica, ao passo que o latim, eivado de uma reconhecida carência, sintetizada por Lucrécio na fórmula patrii sermonis egestas , não disporia de recursos lexicais e gramaticais suficientes para reproduzir ou rediscutir as matérias e conceitos definidos pelos gregos. Esse problema é retratado por Cícero de maneira extensiva em seu diálogo-tratado Acadêmicos , no qual não somente é realizada uma defesa abstrata da expressividade da língua latina, como também são colocadas em prática diversas traduções de termos oriundos da filosofia grega. Nesse contexto, buscamos investigar a consciência linguística de Cícero evidenciada no proêmio dos Acadêmicos, bem como analisar o método e a funcionalidade das traduções presentes na obra. Pretendemos chamar atenção para o modo como a obra estudada contribui para a compreensão da construção da identidade romana, das atitudes linguísticas ciceronianas e da posição ocupada pela filosofia na República Tardia Romana. |